quinta-feira, 13 de novembro de 2008

COOS - Gr. Koos.


Uma extensa e estreita ilha situada entre os promontórios de Cnido e Halicarnasso. Aí existe uma cidade com o mesmo nome da ilha. Após ter sido dominada por várias nações, tornou-se numa possessão romana, à qual o Imperador Cláudio deu autonomia em 53 DC. Era esta a sua situação política quando Paulo passou pela ilha ao se dirigir a Jerusalém durante a sua terceira viagem missionária (At 21:1). Nesta ilha nasceram homens famosos como Hipocrates e o Rei Ptolomeu II, do Egipto. Possuía um templo dedicado a Asclepius e ao qual está associado uma escola de medicina. A ilha era conhecida como um rico centro bancário. Era o refúgio favorito de Herodes, o Grande. Foi encontrada, em Coos, uma estátua do filho de Herodes.

COLOSSO - Gr. Kolossai.

Uma cidade da Ásia Menor, a sudoeste da Frígia, no rio Lycus, não muito longe do local onde o rio desagua no Maeander. Situa-se a 17.5 km de Laodiceia e a 21 km de Hierápolis, encontrando-se, originalmente, na grande rota comercial que partia de Éfeso, via Magnésia, Colosso e Tarso, terminando na Síria. É mencionada por Herodoto e Xenofonte como sendo uma cidade grande e rica. Deve a sua riqueza principalmente à lã e à tinta violeta, chamada colossinus, que aí se produzia. Quando a rota comercial mudou, Colosso entrou em declínio. Podem ainda ser vistas algumas ruínas de Colosso perto da aldeia de Honaz. A população do tempo do NT era composta principalmente por frígios, gregos e judeus, embora predominassem os frígios. A sua igreja cristã foi provavelmente fundada por Epafras (Cl 1:7). Mais tarde, um certo Arquipo passou a ser o seu líder (Cl 4:17; Filemon 2). Nos tempos de Paulo, as reuniões eram aparentemente efectuadas em casa de Filemon (Cl 4:2), o dono de Onésimo, escravo fugitivo convertido por Paulo em Roma e que, mais tarde, voltou para o seu dono (Cl 4:10-12). Paulo escreveu uma carta à igreja desta cidade.
CNIDO - Gr. Knidos.

Uma cidade portuária em Cabo Krio, na costa sudoeste da Ásia Menor. Parte da cidade situava-se numa ilha, que estava ligada ao continente por uma estrada a pique. Nos tempos do NT, a cidade pertencia à província romana da Ásia. O navio romano onde Paulo se encontrava como prisioneiro passou por esta cidade (At 27:7).
CLAUDA

Gr. Kauda e Klauda; as evidências textuais dividem-se entre estas duas leituras.
Uma pequena ilha árida a sul de Creta e que não possuía um porto seguro. O barco de Paulo encontrava-se perto desta ilha quando foi apanhado por uma tempestade, depois de ter saído de Creta (At 27:16). A população actual desta ilha, que agora se chama Gaudos, não é muito grande.

CIRENE - Gr. Kurenaios.


Uma grande cidade grega da Lídia Cirenaica, no norte de África, a cerca de 27 km do mar, com uma elevação de 610 m. Foi fundada no século VII AC por algumas pessoas de Tera, uma ilha pertencente às Esporades Gregas. Os cireneus lutaram, com sucesso, contra os egípcios e os líbios mas foram subjugados por Cambises em 527 AC e incorporados no Império Persa. Em 321 AC, o Pentápolis Cirenaico, composto por cinco cidades, foi organizado por Ptolomeu I e tomado sob sua protecção. Em 117 AC, Cirene tornou-se num reino independente mas em 96 AC, o seu rei, Ptolomeu Apiom, legou-o a Roma. Em 67 AC, juntou-se a Creta, transformando-se numa província romana.
Durante o período helenístico, muitos judeus se instalaram na cidade. Os judeus cireneus, os judeus alexandrinos e os libertinos possuíam uma sinagoga em Jerusalém (At 6:9). Simão, que os soldados romanos forçaram a levar a cruz de Jesus era um judeu de Cirene (Mt 27:32). Alguns dos primeiros conversos ao cristianismo provinham dessa cidade e eram activos missionários leigos (At 11:20). Um líder da igreja em Antioquia da Síria foi Lúcio de Cirene (At 13:1).
As ruínas da antiga cidade ainda existem. As escavações têm sido levadas a cabo por arqueólogos italianos. A cidade chama-se actualmente Cirene.

CILICIA - Gr. Kilikia.

Uma área na costa sudeste da Ásia Menor. Na sua fronteira norte situam-se as Montanhas Taurus e a este as Montanhas Amanus. A sua cidade mais famosa era Tarsos, onde nasceu o apóstolo Paulo (At 21:39; At 22:3; At 23:34). A Cilicia é mencionada em inscrições assírias e babilónicas como Qu’e. É ainda mencionada nas inscrições fenícias de Zakar, Zenjirli, como Qwh e Herodoto também fala dela.
A zona ocidental da Cilicia era montanhosa e era, consequentemente, chamada Cilicia escarpada. A zona oriental era plana, aí existindo pântanos e pauis. A parte do Mediterrâneo que se situava entre a Cilicia e Chipre era apelidada de “o mar da Cilicia” (At 27:5). Após ter pertencido aos Seleucidas durante algum tempo, a Cilicia tornou-se numa província romana em 102 AC mas foi reorganizada várias vezes. A sua população era composta por descendentes dos heteus, dos gregos e dos judeus (cf. At 6:9). A igreja cristã aí erigida deve a sua existência a Paulo, que passou vários anos nessa área após a sua conversão (At 9:30; At 11:25, 26; Gl 1:21). Durante a sua segunda viagem missionária, entregou a essas igrejas os decretos do Concílio de Jerusalém (At 15:23, At 15:41).
CIDADE DE MOABE - Heb. ‘Îr Mô’ab.

Uma cidade mencionada em Nm 22:36. Aqui, Balaque, rei de Moabe, encontrou-se com Balaão, que viera para lançar uma maldição sobre Israel. Noutros textos, a cidade é mencionada como “a cidade que está junto ao ribeiro”; “que está à borda do ribeiro de Arnom” e a “cidade que está no meio do ribeiro de Gade” (Dt 2:36; Js 13:9, 16; 2Sm 24:5). Uma vez que os filhos de Israel se aproximaram dela durante as suas vagueações pelo deserto que se situava à volta de Moabe, a cidade tem sido procurada algures junto ao rio Arnom mas nenhum dos locais até agora sugerido corresponde à identificação certa. Alguns eruditos identificam a Ar (‘Ar) de Nm 21:15; Dt 2:18 e de Is 15:1 com a “cidade” (‘Îr) de Moabe.

CIDADE DE DAVID - Heb. ‘Îr Dawid.


A antiga cidadela de Sião, fortaleza dos jebuzeus, que foi conquistada por David e se tornou na capital do seu reino (2Sm 5:6-9; 1Cr 11:5-7). Mais tarde, fez parte da zona sudeste da Jerusalém alargada. A cidade situa-se numa cordilheira que se dirige para sul, agora chamada “o monte a sudeste” e que se localiza a sul e completamente fora da actual Antiga Cidade (cujos muros datam do século XVI). A “Cidade de Davi” media somente 90x460 m. A sua localização era determinada pela proximidade de duas fontes naturais de água - o ribeiro de Giom a este e o poço de En-Rogel a sul do “monte a sudeste”. Nos outros montes mais proeminentes, a norte e a oeste, não se vêem ribeiros nem poços. A cidade era limitada pelo Vale Quidrom a este e pelo Vale Tiropeom, actualmente quase obliterado, a oeste. O limite sul era formado pela confluência de dois vales. O norte não tinha qualquer fronteira natural. Os jebuseus, que ocupavam Jerusalém antes de esta ser tomada por David, tinham fortificado a cidade e o acesso ao ribeiro de Giom era feito através de um túnel subterrâneo, precavendo a necessidade de se deixar a cidade em tempos de cerco. Foi provavelmente através deste curso de água que Joabe e os seus homens conseguiram o acesso à cidade e a tomaram (1Cr 11:4-6).
Jerusalém não parece ter sido alargada durante a vida de David mas Salomão estendeu-a para norte, com a construção de um palácio e a área do templo. A partir daí, a “Cidade de Davi” é mencionada principalmente como o lugar onde os reis de Judá eram sepultados (1Rs 11:43; 1Rs 14:31; etc.). Ezequias acrescentou-lhe uma secção a sul e fechou-a com um segundo muro. Parece também ter acrescentado uma nova região a oeste, tal como indica a descoberta, em 1970, de um sector da muralha. Ezequias também cavou um túnel desde o ribeiro de Giom até esta nova secção a sul, canalizando a água para um novo poço, o poço de Siloam (2Cr 32:3, 4, 2Cr 32:30). A “Cidade de Davi” ainda fazia parte da Jerusalém de Neemias (Ne 3:15; Ne 12:37); na realidade, permaneceu como parte da cidade até aos tempos medievais. Hoje em dia, situa-se fora das muralhas e é, assim, felizmente, acessível aos arqueólogos. Consequentemente, a sua história arqueológica é bem conhecida. Foram localizadas as suas antigas muralhas, foi escavado o portão na sua muralha a ocidente, assim como um sector das fundações da muralha oriental do tempo dos jebuseus e ainda ruínas da muralha a este do tempo de Neemias. Foram explorados os intricados sistemas subterrâneos de água, tendo sido descobertos muitas cavernas que, originalmente, poderiam ter servido de túmulos reais. Contudo, uma vez que se encontravam vazias quando foram descobertas, tendo tudo sido roubado nos tempos antigos, não se pôde conhecer qual o seu propósito original.

CHIPRE - Gr. Kupros.

Uma ilha no noroeste do Mar Mediterrâneo, a uma distância mínima de 72 km da costa da Cilícia e 96 km da costa síria. A ilha tem cerca de 240 km de longitude. O minério de cobre que existe nas suas montanhas fez dela a maior área produtora de cobre do mundo antigo. Tal facto deu o nome a Chipre, que significa “cobre”.
No VT, os seus habitantes são chamados quitins (Gn 10:4), um nome que foi reconhecido em Cítio (Gr. Kition), a primeira capital da ilha. No século XV AC, havia um contacto activo entre Chipre e Micene, na Grécia. Mais tarde, os fenícios tomaram a ilha mas a população grega continuou a ser maioritária. A ilha gozou de uma independência virtual, até se tornar numa possessão egípcia, no tempo dos Ptolomeus. Os romanos ocuparam-na em 58 AC e em 27 AC tornaram-na numa província imperial. Foi transferida para o Senado em 22 AC, sendo administrada por um procônsul, na situação de província senatorial.
Quando Paulo visitou a ilha, Sérgio Paulo, que é mencionado em várias inscrições, era procônsul de Chipre. Muitos judeus viviam em Chipre nos tempos do NT e Barnabé (At 4:36) e Mnosom, judeus cristãos, eram de Chipre (At 21:16). O cristianismo foi introduzido na ilha pelos cristãos que fugiram de Jerusalém durante as perseguições que se seguiram ao apedrejamento de Estevão (At 11:19, 20). Paulo e Barnabé fizeram em Chipre a primeira paragem da sua primeira viagem missionária, pregando na grande cidade de Salamina (At 13:5), perto da zona oriental da ilha e em Pafos, a sede do governador romano, na zona ocidental (At 6-13). Barnabé e João Marcos passaram por Chipre num período posterior (At 15:39).

CESAREIA DE FILIPO - Gr. Kaisareia he Philippou.


Uma cidade perto de uma das principais nascentes do Jordão, na vertente sul do Monte Hermom. Alguns identificam-na com Baal-Gade (Js 11:17) e com Baal-Hermom (Jz 3.3) porque existem provas de que era o centro de adoração cananeu, mas estas identificações são duvidosas. O local aparece em tempos históricos, primeiro durante o período selêucida com o nome de Paneas (ou Panias, ou Paneion), sendo a cidade principal de um distrito com um dos mesmos nomes atribuídos à própria cidade, pois o deus Pan era adorado numa gruta que existia nesse local. O tetrarta Filipe, filho de Herodes, o Grande, embelezou a cidade com muitos edifícios e deu-lhe o nome de Cesareia, em homenagem ao imperador. Para se distinguir da Cesareia que se situava na costa palestiniana, passou a chamar-se Cesareia de Filipo (Mt 16:13; Mc 8:27). Jesus visitou, uma vez, uma das cidades da região de Cesareia de Filipo durante o seu ministério na Galileia e foi nessa ocasião que Pedro declarou que Jesus era o Filho de Deus (Mt 16:16). Depois que Agripa II se tornou rei dos territórios a nordeste, a cidade mudou novamente o nome, passando a chamar-se Neronias, em homenagem a Nero. Tito conduziu os jogos no anfiteatro da cidade após a destruição de Jerusalém, fazendo com que os judeus capturados lutassem entre si e também contra animais selvagens. Nos séculos seguintes, a cidade perdeu a importância que tinha a voltou a chamar-se Paneas. O antigo nome é preservado em Bâniyâs, uma aldeia que se situa no antigo local.

CESAREIA - Gr. Kaisareia.

Uma cidade na costa da Palestina, cerca de 37 km a sul do Monte Carmelo, inicialmente chamada Torre de Estrato, ou Torre de Estratom. A cidade caiu nas mãos dos judeus quando o rei macabeu Alexandre Janeu (103-76/75 AC) a capturou. Em 63 AC, caiu perante Roma, quando Pompeu a conquistou. Em 30 AC, Octaviano (que passou a chamar-se Augusto) deu-a a Herodes, que gastou doze anos (22-10 AC) a reconstrui-la em grande escala. O novo porto artificial era do tamanho do porto de Atenas. Diz-se que o dique tinha 61 m de largura, assentando em 36,5 m de água. Alguns dos blocos de pedra usados tinham 15 m de comprimento e 5,5 m de largura. Herodes também construiu templos, um teatro e um anfiteatro. Um dos dois aquedutos que trazia a água de uma fonte situada a 19 km de distância era composto por um túnel com 9,5 km de comprimento e uma conduta de pedra apoiada em arcos, também com 9.5 km de comprimento. Herodes chamou Cesareia a esta nova cidade em homenagem a César Augusto e ao porto chamou Portus Augusti. A população era maioritariamente composta por sírios mas também viviam lá muitos judeus. Os judeus, no tempo de Nero, tentaram obter a cidadania romana mas sem sucesso. Havia uma constante inimizade entre os judeus e a população pagã, que culminou, em 66 DC, com o massacre da maior parte dos judeus por parte dos sírios. Isto deu início à guerra judaica.
A cidade foi a capital da Palestina e residência do governador romano durante dois períodos: o primeiro, desde 6 DC, quando o etnarca Arquelau foi deposto, até 41 DC, quando a Judeia e Samaria foram dadas ao rei Agripa I; e o segundo, desde a morte de Agripa, que ocorreu em Cesareia (At 12:20-23) em 44 DC, até ao início da guerra judaica em 66 DC. Vespasiano transformou-a depois numa colónia e libertou-a do pagamento do tributo. O local está actualmente abandonado mas as ruínas dos seus edifícios antigos e cais ainda podem ser ali observadas. O seu nome agora é Qeisâriyeh.
A cidade de Cesareia é frequentemente mencionada no livro de Actos. Filipe viveu aí (At 8:40; At 21:8); também o centurião romano Cornélio, cuja conversão e baptismo marcaram o início da obra missionária entre os gentios (At 10:1-11:18). Outros cristãos também lá viveram; durante os tempos apostólicos, aparentemente existiu na cidade uma florescente comunidade cristã (At 21:16). O apóstolo Paulo passou várias vezes pela cidade, quer de partida - ao embarcar no seu porto para viagens ao estrangeiro (At 9:30), quer de chegada - ao voltar das suas viagens missionárias (At 18:22; At 21:8). Origenes de Alexandria (184-254 DC) fez de Cesareia a sua casa e o historiador Eusébio (260-340 DC) foi bispo de Cesareia.
Foram aí efectuadas escavações entre 1959 e 1963, levadas a cabo por uma expedição italiana, que descobriu o teatro e a primeira inscrição mencionando Pôncio Pilatos. Uma equipa israelita trabalhou várias vezes nas ruínas da cidade e no local onde se situa a Torre de Estrato. Desde 1971, uma expedição americana tem aí trabalhado sob a direcção de R. J. Bull. Esta expedição descobriu o primeiro Mitraeu na Palestina, um templo dedicado a Mitra, a divindade persa identificada com o sol; descobriu também uma série de armazéns abobadados junto ao mar, cada um com 27.5 metros de comprimento; e investigaram o extensivo sistema de esgotos que, de acordo com Josefo, era limpo diariamente pelas ondas do mar.

CENCREIA - Gr. Kegchreai, “painço”.


Um porto a este de Corinto, no Golfo Sarónico, a cerca de 7 km da cidade. Era uma cidade de tamanho razoável e que possuía vários templos e banhos públicos. A norte da cidade, no tempo dos gregos e dos romanos, eram efectuados regularmente os jogos istmianos. As escavações levadas a cabo pelo Instituto Americano de Arqueologia em Atenas lançaram imensa luz sobre estes jogos, que desempenhavam um papel importante na vida dos gregos. Paulo refere-se a actividades e eventos desportivos em várias das suas cartas. A aldeia que agora se situa na antiga localização de Cencreia chama-se Kechriais. Paulo embarcou em Cencreia para se dirigir a Jerusalém durante a sua segunda viagem missionária (At 18:18). O livro de Romanos, escrito provavelmente no inverno de 57-58 DC, menciona uma igreja cristã existente na cidade. Descreve Febe como uma diaconisa da “igreja que está em Cencreia” (Rm 16:1). Esta igreja foi provavelmente fundada ao longo da actividade missionária de Paulo em Corinto, durante a sua segunda viagem missionária por volta de 51-52 DC.

CEFRA - Heb. Kephîrah, “aldeia”.

Uma das cidades gibeonitas, com quem Josué se aliou; atribuída a Benjamim (Js 9:17; Js 18:26) e reocupada após o exílio (Ed 2:25; Ne 7:29). É identificada com Khirbet Kefîreh, 13.5 km a noroeste de Jerusalém.
CEDROM - Heb. Qidrôn, “escuro”, ou “sujo”; Gr. Kedron.

Um vale ou curso de água entre Jerusalém e o Monte das Oliveiras (Jo 18:1). Vários vales a noroeste de Jerusalém convergem para formar o Cedrom, que depois passa por Jerusalém, a oriente, volta para este a sul de Jerusalém e desagua no Mar Morto depois de ter atravessado o Deserto de Judá (ver 2Sm 15:23). É chamado um ribeiro (Heb. nachal, “barranco”) em 2Sm 15:23; 1Rs 15:13; etc. O “ribeiro” (algumas versões, “vale”) de Jo 18:1 é uma transliteração do Gr. Cheimarros, com um significado semelhante ao de nachal. O vale é agora chamado Wâdi en-Nâr.
CASIFIA - Heb. Kasiphya’, significando “lugar dos ourives de prata”.

Um lugar em Babilónia, onde os levitas e os netineus viveram durante o exílio (Ed 8:15-20); não está identificado.
CARTÁ - Heb. Qartah, “cidade”.

Uma cidade no território de Zebulom e atribuída aos levitas meraritas (Js 21:34); não identificada com toda a certeza. Alguns identificam-na com ‘Athlît, na costa a sul do Carmelo.

CARTÃ - Heb. Qartan, “cidade”.


Uma cidade no território de Naftali, atribuída aos levitas gersonitas (Js 21:32), chamada Quiriataim em 1Cr 6:76 (Heb. Qiryathayim). Foi identificada com Khirbet el-Qureiyeh, 24 km a sudeste de Tiro.

CARQUEMIS - Heb. Karkemîsh, “cais do (deus) Kemosh”.


Uma cidade no Eufrates mencionada em registos seculares do início do 2º milénio; em documentos babilónicos cuneiformes aparece como Karkemis; em inscrições assírias, como Kargamish e Gargamish e em registos egípcios, a partir do tempo de Tutmose III, como Krkmsh. A cidade ficou sob influência hitita e depois da queda do Império Heteu (1200 AC), tornou-se na mais importante cidade-estado hitita, sendo que os assírios ainda a viam como capital hitita. Carquemis pagou tributo a Asurnasirpal II (884-859 AC) e a Salmanezer III (859-824 AC). Encontrou-se frequentemente em guerra com a Assíria no século seguinte, até que Sargon II, em 717 AC, a destruiu completamente, deportando a população. Teve um papel importante quando Faraó Neco a ocupou após a queda e destruição de Nínive em 612 AC (cf. 2Cr 35:20), até que Nabucodonozor o derrotou em 605 AC (Jr 46:2). Nesta altura, a cidade parece ter sido destruída mais uma vez. O local está assinalado por um montículo chamado Jerablus, 100 km a nordeste de Alepo. Foram levadas a cabo escavações para o Museu Britânico entre 1876 e 1879 e entre 1912 e 1914, tendo sido bem sucedidas. Foram descobertas várias inscrições hieroglíficas hititas e também monumentos esculpidos.

CARQUEMIS - Heb. Karkemîsh, “cais do (deus) Kemosh”.


Uma cidade no Eufrates mencionada em registos seculares do início do 2º milénio; em documentos babilónicos cuneiformes aparece como Karkemis; em inscrições assírias, como Kargamish e Gargamish e em registos egípcios, a partir do tempo de Tutmose III, como Krkmsh. A cidade ficou sob influência hitita e depois da queda do Império Heteu (1200 AC), tornou-se na mais importante cidade-estado hitita, sendo que os assírios ainda a viam como capital hitita. Carquemis pagou tributo a Asurnasirpal II (884-859 AC) e a Salmanezer III (859-824 AC). Encontrou-se frequentemente em guerra com a Assíria no século seguinte, até que Sargon II, em 717 AC, a destruiu completamente, deportando a população. Teve um papel importante quando Faraó Neco a ocupou após a queda e destruição de Nínive em 612 AC (cf. 2Cr 35:20), até que Nabucodonozor o derrotou em 605 AC (Jr 46:2). Nesta altura, a cidade parece ter sido destruída mais uma vez. O local está assinalado por um montículo chamado Jerablus, 100 km a nordeste de Alepo. Foram levadas a cabo escavações para o Museu Britânico entre 1876 e 1879 e entre 1912 e 1914, tendo sido bem sucedidas. Foram descobertas várias inscrições hieroglíficas hititas e também monumentos esculpidos.

CARNAIM - Heb. Qarnayim, “dois chifres”.


Uma cidade em Basã. Em Gn 14:5 é mencionada em ligação com Asterote, que provavelmente se situava nas suas proximidades (ver Asterotecarnaim). Os registos assírios referem-se-lhe como Qarnini e I Macabeus chama-lhe Carnaim (I Mac 5:43). A cidade foi identificada com Sheikh Sa‘ad, cerca de 37 km a este do Mar da Galileia, no Haurã. Uma coluna de Ramsés II foi aqui encontrada e nela se pode ver uma inscrição hieroglífica dedicada aparentemente a uma deidade local chamada ’Adona’ Saphôn, “o senhor do norte”. Também deste local é uma bem preservada escultura heteia representando um leão e que pertencia a um palácio ou à porta de algum templo (actualmente no museu em Damasco). Estes monumentos mostram que Carnaim deve ter sido uma cidade importante no segundo e primeiro milénios AC. Uma expedição arqueológica sob a direcção de B. Hrozny trabalhou durante algum tempo nesta cidade em 1924.

CARMELO - Heb. Karmel, “jardim” ou “pomar”.

1.) Uma cordilheira montanhosa com 24 km de extensão, entre o Mar Mediterrâneo (Jr 46:18) e a Planície de Esdraelon (cf. 1Rs 18:42-46). Ao longo do seu limite norte corre o rio Quisom (1Rs 18:40). A cordilheira formava antigamente a fronteira sul de Aser (Js 19:26). O Carmelo situa-se entre as planícies de Esdraelon e Aco, a norte e a de Sharon, a sul. O ponto mais alto situa-se a 531 m acima do nível do mar mas o promontório ocidental eleva-se a somente 170 m. Em algumas cavernas situadas nas vertentes das formações calcárias encontraram-se esqueletos e outras relíquias dos primeiros colonos. O Carmelo é árido e seco no Verão mas cobre-se de bonitas flores e plantes no inverno e é muito elogiado pelos escritores bíblicos (Ct 7:5; Am 1:2). Podem ser encontrados nas suas encostas carvalhos anões, oliveiras bravias e zimbros e as muitas cisternas e prensas de óleo e vinho que lá se podem ver falam da sua antiga fertilidade. Um Carmelo árido e estéril era, portanto, um sinal de grande necessidade e destruição (Is 33:9; Am 1:2; Na 1:4).
Os egípcios chamavam ao Carmelo “promontório sagrado” e os cananeus parecem ter tido ali um santuário ao ar livre, que Elias escolheu para demonstrar a impotência de Baal e o poder de Jeová (1Rs 18:17-46). Elias parece ter vivido no Monte Carmelo durante algum tempo (2Rs 4:23-25). No século IV AC, os gregos chamaram ao Carmelo “o monte sagrado de Zeus” e na base de uma estátua do século II ou II AC, recentemente descoberta, lê-se: “(Dedicada) ao Zeus Heliopolitano (do Monte) Carmelo, por G. Julius Eutychas, um colono de Cesareia”. Isto mostra quão tenazmente o culto de um deus pagão se colou à imagem da montanha. O nome actual do Carmelo é Jebel Karmel ou Jeber Mâr Elyâs;
2.) Uma cidade na parte montanhosa de Judá (Js 15:55; 1Sm 15:12; 1Sm 25:2). Saul erigiu um monumento em Carmelo depois de ter derrotado os amalequitas (1Sm 15:12). Era a terra natal de Nabal (1Sm 25:2 (1Sm 25:42; 1Sm 30:5). Era também a terra natal de Hesrai, um dos “valentes” de David (2Sm 23:35). O local chama-se agora Kermel, situando-se a cerca de 11 km a sul de Hebrom.

CARITE - Heb. Kesalôn.


Um ribeiro no Vale do Jordão onde Elias se escondeu do rei Acabe (1Rs 17:3, 1Rs 17:5), talvez a este do Jordão, mas ainda não identificado. Glueck acredita que se trate de “um dos braços do rio mais a este do Wâdi el-Yâbis nas terras altas de Gileade Norte

CARCOR - Heb. Qarqor, de significado incerto.


Um local na Transjordânia onde Gideão derrotou os reis midianitas Zeba e Salmuna (Jz 8:10-12); não identificada.

CARCA - Heb. Qarqa‘, “chão”, ou “fundo”.

Uma cidade no sul de Judá (Js 15:3); não identificada com toda a certeza.
CAPADÓCIA - Gr. Kappadokia.

Uma área montanhosa e província romana situada a este da Ásia Menor. A norte desta zona ficava o Ponto, a oeste a Galácia, no sul a Cilícia e a este a Arménia e o rio Eufrates. Era uma área onde se criavam muitos cavalos, ovelhas e mulas. Os romanos deram-se conta da sua importância como área fronteiriça e após a morte do semi-independente rei Arquelau, em 17 DC, eles anexaram-na, passando a ser administrada por um procurador. Os judeus da Capadócia assistiram à festa do Pentecostes em Jerusalém no ano da morte de Cristo (At 2:9) e a existência de igrejas cristãs nesta província é atestada pelas saudações de Pedro na sua primeira carta (1Pe 1:1).
CANE - Heb. Kanneh, de significado incerto.

Uma cidade no norte da Mesopotâmea, mencionada juntamente com Harã e Éden (Ez 27:23). Aparece em registos cuneiformes como Kannu’ mas ainda não foi identificada. Alguns comentaristas consideram-na uma má interpretação de Calneh.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

CANAAN - Heb. Kena'han.


O nome bíblico da Palestina a oeste do Jordão. Na bíblia é usualmente referida como a "terra de Canaã".
Os pagãos habitantes da terra de Canaan eram chamados cananitas. De acordo com Gn 10:6 eram os descendentes de Canaan, um dos filhos de Cam. Onze dos filhos de Canaan estão listados em Gn 10:15-18. Destes, 6 encontram-se nos nomes de povos sírios, e 4 em nomes de tribos palestinas.
Não é conhecida a altura em que os cananitas se mudaram para a Palestina, mas eles formavam a população indígena daquele país no tempo de Abraão (Gn 12:6). Estavam em possessão das maiores e mais poderosas cidades do país até terem sido desalojados pelos Israelitas perto do fim do 2º milénio B.C. Excavações em algumas das suas cidades como Jerusalém, Megido, etc., mostram que a cultura cananita no tempo das conquistas israelitas era de alto nível. A escrita babilónica cuneiforme era utilizada, e vários sistemas alfabéticos de escrita tinham entrado em utilização antes dos israelitas terem entrado no país. O artesanato e a metalurgia eram de alto nível, a arte de erigir grandes fortificações nunca tinha estado melhor, a música florescia, e uma literatura rica era produzida.
Os seus ritos religiosos idólatras estavam relacionados com uma grande imoralidade, e centrados numa adoração da fertilidade do homem, rebanhos e manadas, e na terra. O sistema sacrificial era semelhante ao dos hebreus, mas além de animais limpos, animais imundos e por vezes seres humanos, especialmente crianças, eram oferecidos em altares cananitas.

CANÁ - Heb. Qanah, “junco”.

1.) Um ribeiro que formava a fronteira entre Efraim e Manassés (Js 16:8; Js 17:9); actualmente identificado com Wâdi Qânah. Nasce a sul de Siquém, desaguando depois no Nahr ‘Auja, mais conhecido por Me-jarkon, ou Yarkon;
2.) Kana, provavelmente uma transliteração do heb.
Qanah, “lugar das canas”. Uma cidade na Galileia, chamada Caná da Galileia ou Caná na Galileia, para a distinguir da Caná na Celesíria. Tiglath-Pileser III, da Assíria, menciona Qana que, entre outras cidades da Galileia, foi capturada por ele. O rei terá levado consigo 650 prisioneiros dessa cidade. Foi em Caná que Cristo realizou o seu primeiro milagre, transformando a água em vinho (Jo 2:1-11). Também aí curou o filho de um régulo (Jo 4:46-54). Era também a terra natal de Natanael (Jo 21:2). Ainda se discute sobre a sua localização. A tradição, durante séculos, identificou-a com Kefr Kenna, uma aldeia cerca de 6,5 km a nordeste de Nazaré, mas muitos preferem identificá-la com Khirbet Qâna, cerca de 13 km a norte de Nazaré;
3.) Uma cidade na fronteira de Aser (Js 19:28), mencionada nos registos egípcios de Tuthmose III como Qnw e nas Cartas de Amarna como Qanû. Trata-se provavelmente da actual Qânah, 9.5 km a sudeste de Tiro.
CAMON - Heb. Qamôn, de significado incerto.

Um local em Gileade, onde o juiz Jair foi sepultado (Jz 10:5), sendo identificado ou com a actual Qamm, 19 km a sudeste da extremidade sul do Mar da Galileia, ou com Qumein, a nordeste de Irbid.

CALEBE DE EFRATA - Heb. Kaleb ’Ephrathah.


Um local onde Hezrom morreu, de acordo com algumas versões do texto de 1Cr 2: 24, onde se pode ler: “Após a morte de Hezrom, Calebe foi para Efrata e a mulher de Hezrom seu pai lhe deu Assur”.

CALDEIA - Heb. Kasdîm.

Originalmente, a área a sul da Mesopotâmea, entre o Tigre e o Eufrates, onde as tribos caldeias se instalaram no final do segundo milénio AC ou início do primeiro milénio. Depois que os caldeus tomaram Babilónia e fundaram o Império Neo-Babilónico, o nome da Caldeia foi aplicado a toda a Babilónia e é, por isso, usado no VT (Jr 50:10; Jr 51:24; Ez 11:24; etc.).

CAIM - Heb. Qayin, “forjador de metais”, ou “lança”.


O nome surge também em antigas inscrições árabes. Uma cidade situada nas montanhas de Judá (Js 15:57), actualmente chamada Khirbet Yaqîn, 5 km a sudeste de Hebrom.

CAFTOR - Heb. Kaphtôr.


O local de onde são originários os caftoreus (Dt 2:23) e os filisteus (Jr 47:4; Am 9:7). A LXX traduz a palavra Caftor, em Dt 2:23 e Am 9:7, por Capadócia; por isso, alguns eruditos identificam Caftor com a costa sul da Ásia Menor. Muitos comentaristas, contudo, acreditam que Caftor é a ilha de Creta e identificam o nome com Kftyw, o nome egípcio para Creta. O facto de a Keftiu (Kftyw) das inscrições egípcias ser Creta é provado por um outro em que os emissários de Keftiu são descritos como estando vestido à moda de Creta e de os seus presentes serem, inquestionavelmente, de origem cretense, tal como mostram as escavações efectuadas na ilha de Creta. Os textos ugaríticos mencionam um país chamado Kptr e os registos cuneiformes de Mari mencionam o nome gentílico Kapraru mas estes textos não fornecem qualquer pista quanto ao facto de este país ser continental ou insular.

CAFARNAUM - Gr. Kapharnaoum, uma transliteração do heb. Kephar Nachûm, “aldeia de Naum”.


Uma cidade no Mar da Galileia. O facto de possuir uma alfândega (Mt 9:9) e uma guarnição romana sugere que se tratava de uma cidade fronteiriça entre os estados de Filipe e Herodes Antipas. O capitão da guarnição mostrou-se particularmente amistoso para com os judeus, tal como o indica o facto de lhes ter construído uma sinagoga (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Cafarnaum era a cidade natal de Simão Pedro e André (Mc 1:29; Lc 4:38) e o local onde Mateus (Levi) recebeu o seu chamado para o apostolado (Mt 9:9-13; Mc 2:14-17; Lc 5:27-32). Jesus realizou vários milagres em Cafarnaum (Mt 8:5-17; Mc 1:21-28; Mc 2:1-13; Jo 4:46-54; etc.) e aí pregou vários sermões (cf. João 6:24-71; Mc 9:33-50). Na verdade, ficou conhecida como o Seu quartel-general e foi chamada a Sua cidade (Mt 9:1; cf. Mc 2:1). Contudo, o seu ministério não teve grande impacto entre o povo. Recusaram-se a arrepender-se e, por isso, Jesus predisse a completa destruição da cidade (Mt 11:23-24; Lc 10:15).Ainda não existem certezas quanto à sua identificação. A tradição situa-a em Khan Minyeh, 9.5 km a norte de Tiberíades mas, mais recentemente, foi identificada com Tell Hûm, a 4 km da nascente do Jordão, na margem noroeste do Mar da Galileia, versão esta que tem sido mais bem aceite. Foi escavada, em Tell Hûm, uma sinagoga judaica e depois reconstruída parcialmente. Data do século IV DC mas não é certo que se situe no mesmo local daquela em que Cristo pregou (Mc 1:21).
Escavações, levadas a cabo por V. Corbo desde 1968, puseram a descoberto casas, em Cafarnaum, que remontam ao século I AC, assim como outras estruturas. Entre elas encontra-se uma igreja cristã octogonal, contendo um baptistério (século V DC) e uma casa do século IV DC que os arqueólogos acreditam ter sido construída no local em que, na altura da sua construção, era considerado como tendo sido o local onde se situava a casa de Pedro. Graffitis gregos aramaicos, siríacos e latinos testificam do facto de a cidade ter sido frequentemente visitada por peregrinos cristãos no século IV.

CABZEEL - Heb. Qabse’el, “Deus junta”.


Uma cidade situada no extremo sul de Judá (Js 15:21); não identificada com toda a certeza. Era a cidade natal de Benaia, capitão da guarda de David (2Sm 23:20; 1Cr 11:22). Foi repovoada pelos judeus nos tempos do pós-exílio (ver Ne 11:25, onde é chamada Jecabsel - Heb. Yaqabse’el).

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

CABUL - Heb. Kabûl, “círculo”. O nome aparece como Kbr numa lista topográfica de cidades palestinianas elaborada por Ramsés III.


1.) Uma cidade no território de Aser (Js 19:27), agora Kabûl, cerca de 14.5 km a sudeste de Aco;

2.) Um nome que Hirão, de Tiro, como expressão do seu desagrado, deu a um distrito de 20 cidades na Galileia, distrito esse que lhe tinha sido dado por Salomão (1Rs 9:13). Foram provavelmente estas cidades que Salomão, mais tarde, repovoou com israelitas (2Cr 8:2). Na etimologia popular, parece ter sido interpretado como Kebal, literalmente, “como nada” ou “que não presta para nada”, embora tivessem sido sugeridas outras interpretações.

CABOM - Heb. Kabbôn, de significado incerto.


Uma cidade em Judá perto de Laquis (Js 15:40), ainda não identificada, possivelmente idêntica a Macbena (1Cr 2:49), se este for o nome de uma cidade.

BOZEZ - Heb. Bôses, “brilhante”.


Uma “penha aguda” na passagem de Micmás (1Sm 14:4), que não foi identificada.

BOSCATE - Heb. Bosqath, “inchaço”.

Um local no sul de Judá (Js 15:39), a cidade natal de Adaís, o avô materno do rei Josias, de Judá (2Rs 22:1). Situava-se perto de Laquis mas ainda não foi identificado.

BOQUIM - Heb. Bokîm, “aquele que chora”.


Um local perto de Gilgal onde os israelitas choraram por causa da sua desobediência (Jz 2:1-5). Ainda não foi identificado. Alguns vêem neste nome, o nome de um outro local perto de Betel - Allon-Bacuth.

BONS PORTOS - Gr. Kaloi Limenes, um nome perpetuado na actual Limenes Kali.


Um porto na costa sul de Creta, perto de Lasea. A sua baía encontra-se virada para Este mas existem outras duas pequenas ilhas que provêm abrigo a sudoeste. Os marinheiros do navio onde Paulo viajou como prisioneiro não acharam seguro mantê-lo ali durante todo o inverno e, contra o conselho de Paulo, tentaram chegar a Fénix, um bom porto na costa sudoeste de Creta (At 27:8-12).

BIZIOTÉIA - Heb. Bizyôthyah, de significado incerto.

Um local na zona sul de Judá (Js 15:28), se forem seguidos os textos hebraicos masoréticos. Nalgumas versões, lê-se “e as suas aldeias”.
BITROM - Heb. Bithrôn, “desfiladeiro”.

Um distrito ou vale entre o Jordão e Maanaim (2Sm 2:29); ainda não identificado com toda a certeza. É provavelmente o local mencionado nas Cartas de Amarna como Batruna. Uma vez que a palavra Bithrôn também significa “manhã”, alguns tradutores adoptaram-na em 2Sm 2:29 porque faz sentido após a menção à marcha nocturna.

BITÍNIA - Gr. Bithunia.


Uma área na costa norte da Ásia Menor limitada a este pelo Ponto, a sul pela Galácia e Frígia e a oeste pela Mísia e Porportis. O povo da Bitínia mantinha laços familiares com os Tracianos. No tempo dos Persas, o país dividiu-se em duas satrapias mas no período helenístico era mais ou menos independente. O último rei nativo, Nicomedes III, em 74 AC, legou o seu reino aos romanos que, mais tarde, fizeram dele uma província e lhe acrescentaram Ponto. A província passou a chamar-se Bitínia e Ponto. A capital da Bitínia era Nicomédia. Paulo desejou fazer trabalho missionário nesta zona mas o Espírito Santo não lho permitiu (At 16:7). Contudo, formou-se aí uma igreja cristã nos tempos apostólicos, tal como atesta a primeira carta de Pedro (At 1:1). O mais famoso governador da província foi Plínio, o Novo que, no início do século II DC, nos diz que muitos cristãos se encontravam sob a sua jurisdição. Mais tarde foram realizados importantes concílios da igreja em cidades da Bitínia, tais como Nicaia e Calcedónia.

BILHA - Heb. Bilhah, de significado incerto.

Uma cidade no território de Simeão (1Cr 4:29); geralmente identificada com Baala (Js 15:29) e Bala (Js 19:3).

BEZER - Heb. Beser, “fortaleza”.


Uma cidade na Transjordânia, no território de Rúben, atribuída aos levitas (Dt 4:43; Js 21:36) e designada como cidade de refúgio (Js 20:2, 8). Foi, mais tarde, tomada pelos moabitas e fortificada pelo Rei Mesa (Pedra Moabita, linha 27). É possível que se localize em Umm el-‘Amad, cerca de 12 km a nordeste de Medeba.

BEZEQUE - Heb. Bezeq, de significado incerto.


1.) Uma cidade governada por Adonibezeque e capturada por Judá e Simeão durante a invasão de Canaã (Jz 1:4, 5). A cidade ainda não foi identificada mas tem-se sugerido Khirbet Bezqa, 3 km a sudeste de Lida (Lod), como possível localização;

2.) Um local onde Saúl reuniu os israelitas, antes de ir socorrer Jabes-Gileade (1Sm 11:8), actualmente Khirbet Ibzîq, cerca de 19 km a nordeste de Siquém.

BETUEL - Heb. Bethû’el, provavelmente “homem de Deus”.


O nome Battiilu aparece nas Cartas de Amarna. Um local a sul de Judá que pertencia aos simeonitas (1Cr 4:30), chamado Betul em Js 19:4 (Heb. Bethûl). É possível que David tenha enviado para esta cidade parte dos despojos capturados aos amalequitas, depois que saquearam Ziclague (1Sm 30:27; a palavra Betel, neste texto, poderá ter como origem a queda da letra w do nome hebraico). É possível que a Quesil de Js 15:30 seja outra designação para o mesmo local. Ainda não foi identificado.

BETSAIDA - Gr. Bethsa(da, do aramaico Bêth-sayeda, “casa da pesca”.

Um local junto ao Mar da Galileia (Mc 6:45), a terra natal dos apóstolos Filipe, André e Simão Pedro (Jo 1:44; Jo 12:21) e o local onde o cego foi curado (Mc 8:22-26). Jesus denunciou esta cidade, assim como Corazim e Cafarnaum, por causa da dureza dos seus corações e descrença (Mt 11:21-23). O local fora reconstruído e elevado a cidade pelo tetrarca Herodes Filipe, que lhe chamou Bethsaida Julias, em honra da filha do Imperador Augusto. Não muito longe de Betsaida, fica a área onde Jesus alimentou 5000 pessoas com cinco pães e dois peixes (Mc 6:31-44; Jo 6:1-15). A cidade ficava provavelmente junto à nascente do Jordão, na margem nordeste do Mar da Galileia, em el-‘Araj ou 3 km para norte em et-Tell. Avi-Yonah considera-a uma cidade gémea das ruínas de ‘Araj, representando Betsaida e et-Tell Julias.
BETOROM - Heb. Bêth-Chorôn, “casa do (deus) Choron”; Egípcio, Bt Hrn

Cidades gémeas no território de Efraim (Js 16:3,5), afastadas uma da outra cerca de 3 km e chamadas Betorom Superior e Inferior, por existir uma diferença de altitude de cerca de 213 m entre as duas cidades. Um ostracon, encontrado em Tell Qasile, contém uma inscrição em hebreu antigo que diz: “Trinta siclos de ouro de Ofir por Betorom”.

1.) Betorom Inferior (ou mais baixa) - Js 16:3; Js 18:13 - Situada na fronteira de Efraim, na saída ocidental da encosta das montanhas. Ficava a cerca de 3 km a oeste da Betorom Superior e a sua altitude era de aproximadamente 397 m acima do nível do mar. A Betorom Inferior, uma cidade estrategicamente importante, foi também fortificada por Salomão (1Rs 9:17; 2Cr 8:5). É actualmente Beit ‘Ur et-Tahta. A passagem onde as duas cidades se situam era a estrada por onde os amorreus fugiram dos israelitas, comandados por Josué (Js 10:10,11). Os filisteus subiram por este estreito desfiladeiro para lutarem contra Saúl (1Sm 13:18). Nas guerras macabeias, deram-se aqui duas grandes batalhas (I Mac 3:15,16, I Mac 7:39, 40) e foi aqui que os judeus, em 66 DC, quase derrotaram o exército romano de Cestius Gallus, emissário da Síria;
2.) Betorom Superior era uma cidade fronteiriça de Efraim (Js 16:5). Foi erigida por Será, uma mulher efraimita (1Cr 7:24). Controlava a importante entrada que ia desde a planície até à área montanhosa central. Esta foi, sem dúvida a razão porque Salomão a fortificou (2Cr 8:5). É identificada com a actual Beit ‘Ur el-Foqa, 16 km a nordeste de Jerusalém, cerca de 617 m acima do nível do mar.
BETONIM - Heb. Betonîm, “pistácio”.

Uma cidade na Transjordânia, no território de Gade (Js 13:26), identificada com Khirbet el-Batneh, 9 km a sudeste de es-Salt.