sexta-feira, 7 de novembro de 2008

CAFARNAUM - Gr. Kapharnaoum, uma transliteração do heb. Kephar Nachûm, “aldeia de Naum”.


Uma cidade no Mar da Galileia. O facto de possuir uma alfândega (Mt 9:9) e uma guarnição romana sugere que se tratava de uma cidade fronteiriça entre os estados de Filipe e Herodes Antipas. O capitão da guarnição mostrou-se particularmente amistoso para com os judeus, tal como o indica o facto de lhes ter construído uma sinagoga (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Cafarnaum era a cidade natal de Simão Pedro e André (Mc 1:29; Lc 4:38) e o local onde Mateus (Levi) recebeu o seu chamado para o apostolado (Mt 9:9-13; Mc 2:14-17; Lc 5:27-32). Jesus realizou vários milagres em Cafarnaum (Mt 8:5-17; Mc 1:21-28; Mc 2:1-13; Jo 4:46-54; etc.) e aí pregou vários sermões (cf. João 6:24-71; Mc 9:33-50). Na verdade, ficou conhecida como o Seu quartel-general e foi chamada a Sua cidade (Mt 9:1; cf. Mc 2:1). Contudo, o seu ministério não teve grande impacto entre o povo. Recusaram-se a arrepender-se e, por isso, Jesus predisse a completa destruição da cidade (Mt 11:23-24; Lc 10:15).Ainda não existem certezas quanto à sua identificação. A tradição situa-a em Khan Minyeh, 9.5 km a norte de Tiberíades mas, mais recentemente, foi identificada com Tell Hûm, a 4 km da nascente do Jordão, na margem noroeste do Mar da Galileia, versão esta que tem sido mais bem aceite. Foi escavada, em Tell Hûm, uma sinagoga judaica e depois reconstruída parcialmente. Data do século IV DC mas não é certo que se situe no mesmo local daquela em que Cristo pregou (Mc 1:21).
Escavações, levadas a cabo por V. Corbo desde 1968, puseram a descoberto casas, em Cafarnaum, que remontam ao século I AC, assim como outras estruturas. Entre elas encontra-se uma igreja cristã octogonal, contendo um baptistério (século V DC) e uma casa do século IV DC que os arqueólogos acreditam ter sido construída no local em que, na altura da sua construção, era considerado como tendo sido o local onde se situava a casa de Pedro. Graffitis gregos aramaicos, siríacos e latinos testificam do facto de a cidade ter sido frequentemente visitada por peregrinos cristãos no século IV.

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