quinta-feira, 13 de novembro de 2008

COOS - Gr. Koos.


Uma extensa e estreita ilha situada entre os promontórios de Cnido e Halicarnasso. Aí existe uma cidade com o mesmo nome da ilha. Após ter sido dominada por várias nações, tornou-se numa possessão romana, à qual o Imperador Cláudio deu autonomia em 53 DC. Era esta a sua situação política quando Paulo passou pela ilha ao se dirigir a Jerusalém durante a sua terceira viagem missionária (At 21:1). Nesta ilha nasceram homens famosos como Hipocrates e o Rei Ptolomeu II, do Egipto. Possuía um templo dedicado a Asclepius e ao qual está associado uma escola de medicina. A ilha era conhecida como um rico centro bancário. Era o refúgio favorito de Herodes, o Grande. Foi encontrada, em Coos, uma estátua do filho de Herodes.

COLOSSO - Gr. Kolossai.

Uma cidade da Ásia Menor, a sudoeste da Frígia, no rio Lycus, não muito longe do local onde o rio desagua no Maeander. Situa-se a 17.5 km de Laodiceia e a 21 km de Hierápolis, encontrando-se, originalmente, na grande rota comercial que partia de Éfeso, via Magnésia, Colosso e Tarso, terminando na Síria. É mencionada por Herodoto e Xenofonte como sendo uma cidade grande e rica. Deve a sua riqueza principalmente à lã e à tinta violeta, chamada colossinus, que aí se produzia. Quando a rota comercial mudou, Colosso entrou em declínio. Podem ainda ser vistas algumas ruínas de Colosso perto da aldeia de Honaz. A população do tempo do NT era composta principalmente por frígios, gregos e judeus, embora predominassem os frígios. A sua igreja cristã foi provavelmente fundada por Epafras (Cl 1:7). Mais tarde, um certo Arquipo passou a ser o seu líder (Cl 4:17; Filemon 2). Nos tempos de Paulo, as reuniões eram aparentemente efectuadas em casa de Filemon (Cl 4:2), o dono de Onésimo, escravo fugitivo convertido por Paulo em Roma e que, mais tarde, voltou para o seu dono (Cl 4:10-12). Paulo escreveu uma carta à igreja desta cidade.
CNIDO - Gr. Knidos.

Uma cidade portuária em Cabo Krio, na costa sudoeste da Ásia Menor. Parte da cidade situava-se numa ilha, que estava ligada ao continente por uma estrada a pique. Nos tempos do NT, a cidade pertencia à província romana da Ásia. O navio romano onde Paulo se encontrava como prisioneiro passou por esta cidade (At 27:7).
CLAUDA

Gr. Kauda e Klauda; as evidências textuais dividem-se entre estas duas leituras.
Uma pequena ilha árida a sul de Creta e que não possuía um porto seguro. O barco de Paulo encontrava-se perto desta ilha quando foi apanhado por uma tempestade, depois de ter saído de Creta (At 27:16). A população actual desta ilha, que agora se chama Gaudos, não é muito grande.

CIRENE - Gr. Kurenaios.


Uma grande cidade grega da Lídia Cirenaica, no norte de África, a cerca de 27 km do mar, com uma elevação de 610 m. Foi fundada no século VII AC por algumas pessoas de Tera, uma ilha pertencente às Esporades Gregas. Os cireneus lutaram, com sucesso, contra os egípcios e os líbios mas foram subjugados por Cambises em 527 AC e incorporados no Império Persa. Em 321 AC, o Pentápolis Cirenaico, composto por cinco cidades, foi organizado por Ptolomeu I e tomado sob sua protecção. Em 117 AC, Cirene tornou-se num reino independente mas em 96 AC, o seu rei, Ptolomeu Apiom, legou-o a Roma. Em 67 AC, juntou-se a Creta, transformando-se numa província romana.
Durante o período helenístico, muitos judeus se instalaram na cidade. Os judeus cireneus, os judeus alexandrinos e os libertinos possuíam uma sinagoga em Jerusalém (At 6:9). Simão, que os soldados romanos forçaram a levar a cruz de Jesus era um judeu de Cirene (Mt 27:32). Alguns dos primeiros conversos ao cristianismo provinham dessa cidade e eram activos missionários leigos (At 11:20). Um líder da igreja em Antioquia da Síria foi Lúcio de Cirene (At 13:1).
As ruínas da antiga cidade ainda existem. As escavações têm sido levadas a cabo por arqueólogos italianos. A cidade chama-se actualmente Cirene.

CILICIA - Gr. Kilikia.

Uma área na costa sudeste da Ásia Menor. Na sua fronteira norte situam-se as Montanhas Taurus e a este as Montanhas Amanus. A sua cidade mais famosa era Tarsos, onde nasceu o apóstolo Paulo (At 21:39; At 22:3; At 23:34). A Cilicia é mencionada em inscrições assírias e babilónicas como Qu’e. É ainda mencionada nas inscrições fenícias de Zakar, Zenjirli, como Qwh e Herodoto também fala dela.
A zona ocidental da Cilicia era montanhosa e era, consequentemente, chamada Cilicia escarpada. A zona oriental era plana, aí existindo pântanos e pauis. A parte do Mediterrâneo que se situava entre a Cilicia e Chipre era apelidada de “o mar da Cilicia” (At 27:5). Após ter pertencido aos Seleucidas durante algum tempo, a Cilicia tornou-se numa província romana em 102 AC mas foi reorganizada várias vezes. A sua população era composta por descendentes dos heteus, dos gregos e dos judeus (cf. At 6:9). A igreja cristã aí erigida deve a sua existência a Paulo, que passou vários anos nessa área após a sua conversão (At 9:30; At 11:25, 26; Gl 1:21). Durante a sua segunda viagem missionária, entregou a essas igrejas os decretos do Concílio de Jerusalém (At 15:23, At 15:41).
CIDADE DE MOABE - Heb. ‘Îr Mô’ab.

Uma cidade mencionada em Nm 22:36. Aqui, Balaque, rei de Moabe, encontrou-se com Balaão, que viera para lançar uma maldição sobre Israel. Noutros textos, a cidade é mencionada como “a cidade que está junto ao ribeiro”; “que está à borda do ribeiro de Arnom” e a “cidade que está no meio do ribeiro de Gade” (Dt 2:36; Js 13:9, 16; 2Sm 24:5). Uma vez que os filhos de Israel se aproximaram dela durante as suas vagueações pelo deserto que se situava à volta de Moabe, a cidade tem sido procurada algures junto ao rio Arnom mas nenhum dos locais até agora sugerido corresponde à identificação certa. Alguns eruditos identificam a Ar (‘Ar) de Nm 21:15; Dt 2:18 e de Is 15:1 com a “cidade” (‘Îr) de Moabe.

CIDADE DE DAVID - Heb. ‘Îr Dawid.


A antiga cidadela de Sião, fortaleza dos jebuzeus, que foi conquistada por David e se tornou na capital do seu reino (2Sm 5:6-9; 1Cr 11:5-7). Mais tarde, fez parte da zona sudeste da Jerusalém alargada. A cidade situa-se numa cordilheira que se dirige para sul, agora chamada “o monte a sudeste” e que se localiza a sul e completamente fora da actual Antiga Cidade (cujos muros datam do século XVI). A “Cidade de Davi” media somente 90x460 m. A sua localização era determinada pela proximidade de duas fontes naturais de água - o ribeiro de Giom a este e o poço de En-Rogel a sul do “monte a sudeste”. Nos outros montes mais proeminentes, a norte e a oeste, não se vêem ribeiros nem poços. A cidade era limitada pelo Vale Quidrom a este e pelo Vale Tiropeom, actualmente quase obliterado, a oeste. O limite sul era formado pela confluência de dois vales. O norte não tinha qualquer fronteira natural. Os jebuseus, que ocupavam Jerusalém antes de esta ser tomada por David, tinham fortificado a cidade e o acesso ao ribeiro de Giom era feito através de um túnel subterrâneo, precavendo a necessidade de se deixar a cidade em tempos de cerco. Foi provavelmente através deste curso de água que Joabe e os seus homens conseguiram o acesso à cidade e a tomaram (1Cr 11:4-6).
Jerusalém não parece ter sido alargada durante a vida de David mas Salomão estendeu-a para norte, com a construção de um palácio e a área do templo. A partir daí, a “Cidade de Davi” é mencionada principalmente como o lugar onde os reis de Judá eram sepultados (1Rs 11:43; 1Rs 14:31; etc.). Ezequias acrescentou-lhe uma secção a sul e fechou-a com um segundo muro. Parece também ter acrescentado uma nova região a oeste, tal como indica a descoberta, em 1970, de um sector da muralha. Ezequias também cavou um túnel desde o ribeiro de Giom até esta nova secção a sul, canalizando a água para um novo poço, o poço de Siloam (2Cr 32:3, 4, 2Cr 32:30). A “Cidade de Davi” ainda fazia parte da Jerusalém de Neemias (Ne 3:15; Ne 12:37); na realidade, permaneceu como parte da cidade até aos tempos medievais. Hoje em dia, situa-se fora das muralhas e é, assim, felizmente, acessível aos arqueólogos. Consequentemente, a sua história arqueológica é bem conhecida. Foram localizadas as suas antigas muralhas, foi escavado o portão na sua muralha a ocidente, assim como um sector das fundações da muralha oriental do tempo dos jebuseus e ainda ruínas da muralha a este do tempo de Neemias. Foram explorados os intricados sistemas subterrâneos de água, tendo sido descobertos muitas cavernas que, originalmente, poderiam ter servido de túmulos reais. Contudo, uma vez que se encontravam vazias quando foram descobertas, tendo tudo sido roubado nos tempos antigos, não se pôde conhecer qual o seu propósito original.

CHIPRE - Gr. Kupros.

Uma ilha no noroeste do Mar Mediterrâneo, a uma distância mínima de 72 km da costa da Cilícia e 96 km da costa síria. A ilha tem cerca de 240 km de longitude. O minério de cobre que existe nas suas montanhas fez dela a maior área produtora de cobre do mundo antigo. Tal facto deu o nome a Chipre, que significa “cobre”.
No VT, os seus habitantes são chamados quitins (Gn 10:4), um nome que foi reconhecido em Cítio (Gr. Kition), a primeira capital da ilha. No século XV AC, havia um contacto activo entre Chipre e Micene, na Grécia. Mais tarde, os fenícios tomaram a ilha mas a população grega continuou a ser maioritária. A ilha gozou de uma independência virtual, até se tornar numa possessão egípcia, no tempo dos Ptolomeus. Os romanos ocuparam-na em 58 AC e em 27 AC tornaram-na numa província imperial. Foi transferida para o Senado em 22 AC, sendo administrada por um procônsul, na situação de província senatorial.
Quando Paulo visitou a ilha, Sérgio Paulo, que é mencionado em várias inscrições, era procônsul de Chipre. Muitos judeus viviam em Chipre nos tempos do NT e Barnabé (At 4:36) e Mnosom, judeus cristãos, eram de Chipre (At 21:16). O cristianismo foi introduzido na ilha pelos cristãos que fugiram de Jerusalém durante as perseguições que se seguiram ao apedrejamento de Estevão (At 11:19, 20). Paulo e Barnabé fizeram em Chipre a primeira paragem da sua primeira viagem missionária, pregando na grande cidade de Salamina (At 13:5), perto da zona oriental da ilha e em Pafos, a sede do governador romano, na zona ocidental (At 6-13). Barnabé e João Marcos passaram por Chipre num período posterior (At 15:39).

CESAREIA DE FILIPO - Gr. Kaisareia he Philippou.


Uma cidade perto de uma das principais nascentes do Jordão, na vertente sul do Monte Hermom. Alguns identificam-na com Baal-Gade (Js 11:17) e com Baal-Hermom (Jz 3.3) porque existem provas de que era o centro de adoração cananeu, mas estas identificações são duvidosas. O local aparece em tempos históricos, primeiro durante o período selêucida com o nome de Paneas (ou Panias, ou Paneion), sendo a cidade principal de um distrito com um dos mesmos nomes atribuídos à própria cidade, pois o deus Pan era adorado numa gruta que existia nesse local. O tetrarta Filipe, filho de Herodes, o Grande, embelezou a cidade com muitos edifícios e deu-lhe o nome de Cesareia, em homenagem ao imperador. Para se distinguir da Cesareia que se situava na costa palestiniana, passou a chamar-se Cesareia de Filipo (Mt 16:13; Mc 8:27). Jesus visitou, uma vez, uma das cidades da região de Cesareia de Filipo durante o seu ministério na Galileia e foi nessa ocasião que Pedro declarou que Jesus era o Filho de Deus (Mt 16:16). Depois que Agripa II se tornou rei dos territórios a nordeste, a cidade mudou novamente o nome, passando a chamar-se Neronias, em homenagem a Nero. Tito conduziu os jogos no anfiteatro da cidade após a destruição de Jerusalém, fazendo com que os judeus capturados lutassem entre si e também contra animais selvagens. Nos séculos seguintes, a cidade perdeu a importância que tinha a voltou a chamar-se Paneas. O antigo nome é preservado em Bâniyâs, uma aldeia que se situa no antigo local.

CESAREIA - Gr. Kaisareia.

Uma cidade na costa da Palestina, cerca de 37 km a sul do Monte Carmelo, inicialmente chamada Torre de Estrato, ou Torre de Estratom. A cidade caiu nas mãos dos judeus quando o rei macabeu Alexandre Janeu (103-76/75 AC) a capturou. Em 63 AC, caiu perante Roma, quando Pompeu a conquistou. Em 30 AC, Octaviano (que passou a chamar-se Augusto) deu-a a Herodes, que gastou doze anos (22-10 AC) a reconstrui-la em grande escala. O novo porto artificial era do tamanho do porto de Atenas. Diz-se que o dique tinha 61 m de largura, assentando em 36,5 m de água. Alguns dos blocos de pedra usados tinham 15 m de comprimento e 5,5 m de largura. Herodes também construiu templos, um teatro e um anfiteatro. Um dos dois aquedutos que trazia a água de uma fonte situada a 19 km de distância era composto por um túnel com 9,5 km de comprimento e uma conduta de pedra apoiada em arcos, também com 9.5 km de comprimento. Herodes chamou Cesareia a esta nova cidade em homenagem a César Augusto e ao porto chamou Portus Augusti. A população era maioritariamente composta por sírios mas também viviam lá muitos judeus. Os judeus, no tempo de Nero, tentaram obter a cidadania romana mas sem sucesso. Havia uma constante inimizade entre os judeus e a população pagã, que culminou, em 66 DC, com o massacre da maior parte dos judeus por parte dos sírios. Isto deu início à guerra judaica.
A cidade foi a capital da Palestina e residência do governador romano durante dois períodos: o primeiro, desde 6 DC, quando o etnarca Arquelau foi deposto, até 41 DC, quando a Judeia e Samaria foram dadas ao rei Agripa I; e o segundo, desde a morte de Agripa, que ocorreu em Cesareia (At 12:20-23) em 44 DC, até ao início da guerra judaica em 66 DC. Vespasiano transformou-a depois numa colónia e libertou-a do pagamento do tributo. O local está actualmente abandonado mas as ruínas dos seus edifícios antigos e cais ainda podem ser ali observadas. O seu nome agora é Qeisâriyeh.
A cidade de Cesareia é frequentemente mencionada no livro de Actos. Filipe viveu aí (At 8:40; At 21:8); também o centurião romano Cornélio, cuja conversão e baptismo marcaram o início da obra missionária entre os gentios (At 10:1-11:18). Outros cristãos também lá viveram; durante os tempos apostólicos, aparentemente existiu na cidade uma florescente comunidade cristã (At 21:16). O apóstolo Paulo passou várias vezes pela cidade, quer de partida - ao embarcar no seu porto para viagens ao estrangeiro (At 9:30), quer de chegada - ao voltar das suas viagens missionárias (At 18:22; At 21:8). Origenes de Alexandria (184-254 DC) fez de Cesareia a sua casa e o historiador Eusébio (260-340 DC) foi bispo de Cesareia.
Foram aí efectuadas escavações entre 1959 e 1963, levadas a cabo por uma expedição italiana, que descobriu o teatro e a primeira inscrição mencionando Pôncio Pilatos. Uma equipa israelita trabalhou várias vezes nas ruínas da cidade e no local onde se situa a Torre de Estrato. Desde 1971, uma expedição americana tem aí trabalhado sob a direcção de R. J. Bull. Esta expedição descobriu o primeiro Mitraeu na Palestina, um templo dedicado a Mitra, a divindade persa identificada com o sol; descobriu também uma série de armazéns abobadados junto ao mar, cada um com 27.5 metros de comprimento; e investigaram o extensivo sistema de esgotos que, de acordo com Josefo, era limpo diariamente pelas ondas do mar.

CENCREIA - Gr. Kegchreai, “painço”.


Um porto a este de Corinto, no Golfo Sarónico, a cerca de 7 km da cidade. Era uma cidade de tamanho razoável e que possuía vários templos e banhos públicos. A norte da cidade, no tempo dos gregos e dos romanos, eram efectuados regularmente os jogos istmianos. As escavações levadas a cabo pelo Instituto Americano de Arqueologia em Atenas lançaram imensa luz sobre estes jogos, que desempenhavam um papel importante na vida dos gregos. Paulo refere-se a actividades e eventos desportivos em várias das suas cartas. A aldeia que agora se situa na antiga localização de Cencreia chama-se Kechriais. Paulo embarcou em Cencreia para se dirigir a Jerusalém durante a sua segunda viagem missionária (At 18:18). O livro de Romanos, escrito provavelmente no inverno de 57-58 DC, menciona uma igreja cristã existente na cidade. Descreve Febe como uma diaconisa da “igreja que está em Cencreia” (Rm 16:1). Esta igreja foi provavelmente fundada ao longo da actividade missionária de Paulo em Corinto, durante a sua segunda viagem missionária por volta de 51-52 DC.

CEFRA - Heb. Kephîrah, “aldeia”.

Uma das cidades gibeonitas, com quem Josué se aliou; atribuída a Benjamim (Js 9:17; Js 18:26) e reocupada após o exílio (Ed 2:25; Ne 7:29). É identificada com Khirbet Kefîreh, 13.5 km a noroeste de Jerusalém.
CEDROM - Heb. Qidrôn, “escuro”, ou “sujo”; Gr. Kedron.

Um vale ou curso de água entre Jerusalém e o Monte das Oliveiras (Jo 18:1). Vários vales a noroeste de Jerusalém convergem para formar o Cedrom, que depois passa por Jerusalém, a oriente, volta para este a sul de Jerusalém e desagua no Mar Morto depois de ter atravessado o Deserto de Judá (ver 2Sm 15:23). É chamado um ribeiro (Heb. nachal, “barranco”) em 2Sm 15:23; 1Rs 15:13; etc. O “ribeiro” (algumas versões, “vale”) de Jo 18:1 é uma transliteração do Gr. Cheimarros, com um significado semelhante ao de nachal. O vale é agora chamado Wâdi en-Nâr.
CASIFIA - Heb. Kasiphya’, significando “lugar dos ourives de prata”.

Um lugar em Babilónia, onde os levitas e os netineus viveram durante o exílio (Ed 8:15-20); não está identificado.
CARTÁ - Heb. Qartah, “cidade”.

Uma cidade no território de Zebulom e atribuída aos levitas meraritas (Js 21:34); não identificada com toda a certeza. Alguns identificam-na com ‘Athlît, na costa a sul do Carmelo.

CARTÃ - Heb. Qartan, “cidade”.


Uma cidade no território de Naftali, atribuída aos levitas gersonitas (Js 21:32), chamada Quiriataim em 1Cr 6:76 (Heb. Qiryathayim). Foi identificada com Khirbet el-Qureiyeh, 24 km a sudeste de Tiro.

CARQUEMIS - Heb. Karkemîsh, “cais do (deus) Kemosh”.


Uma cidade no Eufrates mencionada em registos seculares do início do 2º milénio; em documentos babilónicos cuneiformes aparece como Karkemis; em inscrições assírias, como Kargamish e Gargamish e em registos egípcios, a partir do tempo de Tutmose III, como Krkmsh. A cidade ficou sob influência hitita e depois da queda do Império Heteu (1200 AC), tornou-se na mais importante cidade-estado hitita, sendo que os assírios ainda a viam como capital hitita. Carquemis pagou tributo a Asurnasirpal II (884-859 AC) e a Salmanezer III (859-824 AC). Encontrou-se frequentemente em guerra com a Assíria no século seguinte, até que Sargon II, em 717 AC, a destruiu completamente, deportando a população. Teve um papel importante quando Faraó Neco a ocupou após a queda e destruição de Nínive em 612 AC (cf. 2Cr 35:20), até que Nabucodonozor o derrotou em 605 AC (Jr 46:2). Nesta altura, a cidade parece ter sido destruída mais uma vez. O local está assinalado por um montículo chamado Jerablus, 100 km a nordeste de Alepo. Foram levadas a cabo escavações para o Museu Britânico entre 1876 e 1879 e entre 1912 e 1914, tendo sido bem sucedidas. Foram descobertas várias inscrições hieroglíficas hititas e também monumentos esculpidos.

CARQUEMIS - Heb. Karkemîsh, “cais do (deus) Kemosh”.


Uma cidade no Eufrates mencionada em registos seculares do início do 2º milénio; em documentos babilónicos cuneiformes aparece como Karkemis; em inscrições assírias, como Kargamish e Gargamish e em registos egípcios, a partir do tempo de Tutmose III, como Krkmsh. A cidade ficou sob influência hitita e depois da queda do Império Heteu (1200 AC), tornou-se na mais importante cidade-estado hitita, sendo que os assírios ainda a viam como capital hitita. Carquemis pagou tributo a Asurnasirpal II (884-859 AC) e a Salmanezer III (859-824 AC). Encontrou-se frequentemente em guerra com a Assíria no século seguinte, até que Sargon II, em 717 AC, a destruiu completamente, deportando a população. Teve um papel importante quando Faraó Neco a ocupou após a queda e destruição de Nínive em 612 AC (cf. 2Cr 35:20), até que Nabucodonozor o derrotou em 605 AC (Jr 46:2). Nesta altura, a cidade parece ter sido destruída mais uma vez. O local está assinalado por um montículo chamado Jerablus, 100 km a nordeste de Alepo. Foram levadas a cabo escavações para o Museu Britânico entre 1876 e 1879 e entre 1912 e 1914, tendo sido bem sucedidas. Foram descobertas várias inscrições hieroglíficas hititas e também monumentos esculpidos.

CARNAIM - Heb. Qarnayim, “dois chifres”.


Uma cidade em Basã. Em Gn 14:5 é mencionada em ligação com Asterote, que provavelmente se situava nas suas proximidades (ver Asterotecarnaim). Os registos assírios referem-se-lhe como Qarnini e I Macabeus chama-lhe Carnaim (I Mac 5:43). A cidade foi identificada com Sheikh Sa‘ad, cerca de 37 km a este do Mar da Galileia, no Haurã. Uma coluna de Ramsés II foi aqui encontrada e nela se pode ver uma inscrição hieroglífica dedicada aparentemente a uma deidade local chamada ’Adona’ Saphôn, “o senhor do norte”. Também deste local é uma bem preservada escultura heteia representando um leão e que pertencia a um palácio ou à porta de algum templo (actualmente no museu em Damasco). Estes monumentos mostram que Carnaim deve ter sido uma cidade importante no segundo e primeiro milénios AC. Uma expedição arqueológica sob a direcção de B. Hrozny trabalhou durante algum tempo nesta cidade em 1924.

CARMELO - Heb. Karmel, “jardim” ou “pomar”.

1.) Uma cordilheira montanhosa com 24 km de extensão, entre o Mar Mediterrâneo (Jr 46:18) e a Planície de Esdraelon (cf. 1Rs 18:42-46). Ao longo do seu limite norte corre o rio Quisom (1Rs 18:40). A cordilheira formava antigamente a fronteira sul de Aser (Js 19:26). O Carmelo situa-se entre as planícies de Esdraelon e Aco, a norte e a de Sharon, a sul. O ponto mais alto situa-se a 531 m acima do nível do mar mas o promontório ocidental eleva-se a somente 170 m. Em algumas cavernas situadas nas vertentes das formações calcárias encontraram-se esqueletos e outras relíquias dos primeiros colonos. O Carmelo é árido e seco no Verão mas cobre-se de bonitas flores e plantes no inverno e é muito elogiado pelos escritores bíblicos (Ct 7:5; Am 1:2). Podem ser encontrados nas suas encostas carvalhos anões, oliveiras bravias e zimbros e as muitas cisternas e prensas de óleo e vinho que lá se podem ver falam da sua antiga fertilidade. Um Carmelo árido e estéril era, portanto, um sinal de grande necessidade e destruição (Is 33:9; Am 1:2; Na 1:4).
Os egípcios chamavam ao Carmelo “promontório sagrado” e os cananeus parecem ter tido ali um santuário ao ar livre, que Elias escolheu para demonstrar a impotência de Baal e o poder de Jeová (1Rs 18:17-46). Elias parece ter vivido no Monte Carmelo durante algum tempo (2Rs 4:23-25). No século IV AC, os gregos chamaram ao Carmelo “o monte sagrado de Zeus” e na base de uma estátua do século II ou II AC, recentemente descoberta, lê-se: “(Dedicada) ao Zeus Heliopolitano (do Monte) Carmelo, por G. Julius Eutychas, um colono de Cesareia”. Isto mostra quão tenazmente o culto de um deus pagão se colou à imagem da montanha. O nome actual do Carmelo é Jebel Karmel ou Jeber Mâr Elyâs;
2.) Uma cidade na parte montanhosa de Judá (Js 15:55; 1Sm 15:12; 1Sm 25:2). Saul erigiu um monumento em Carmelo depois de ter derrotado os amalequitas (1Sm 15:12). Era a terra natal de Nabal (1Sm 25:2 (1Sm 25:42; 1Sm 30:5). Era também a terra natal de Hesrai, um dos “valentes” de David (2Sm 23:35). O local chama-se agora Kermel, situando-se a cerca de 11 km a sul de Hebrom.

CARITE - Heb. Kesalôn.


Um ribeiro no Vale do Jordão onde Elias se escondeu do rei Acabe (1Rs 17:3, 1Rs 17:5), talvez a este do Jordão, mas ainda não identificado. Glueck acredita que se trate de “um dos braços do rio mais a este do Wâdi el-Yâbis nas terras altas de Gileade Norte

CARCOR - Heb. Qarqor, de significado incerto.


Um local na Transjordânia onde Gideão derrotou os reis midianitas Zeba e Salmuna (Jz 8:10-12); não identificada.

CARCA - Heb. Qarqa‘, “chão”, ou “fundo”.

Uma cidade no sul de Judá (Js 15:3); não identificada com toda a certeza.
CAPADÓCIA - Gr. Kappadokia.

Uma área montanhosa e província romana situada a este da Ásia Menor. A norte desta zona ficava o Ponto, a oeste a Galácia, no sul a Cilícia e a este a Arménia e o rio Eufrates. Era uma área onde se criavam muitos cavalos, ovelhas e mulas. Os romanos deram-se conta da sua importância como área fronteiriça e após a morte do semi-independente rei Arquelau, em 17 DC, eles anexaram-na, passando a ser administrada por um procurador. Os judeus da Capadócia assistiram à festa do Pentecostes em Jerusalém no ano da morte de Cristo (At 2:9) e a existência de igrejas cristãs nesta província é atestada pelas saudações de Pedro na sua primeira carta (1Pe 1:1).
CANE - Heb. Kanneh, de significado incerto.

Uma cidade no norte da Mesopotâmea, mencionada juntamente com Harã e Éden (Ez 27:23). Aparece em registos cuneiformes como Kannu’ mas ainda não foi identificada. Alguns comentaristas consideram-na uma má interpretação de Calneh.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

CANAAN - Heb. Kena'han.


O nome bíblico da Palestina a oeste do Jordão. Na bíblia é usualmente referida como a "terra de Canaã".
Os pagãos habitantes da terra de Canaan eram chamados cananitas. De acordo com Gn 10:6 eram os descendentes de Canaan, um dos filhos de Cam. Onze dos filhos de Canaan estão listados em Gn 10:15-18. Destes, 6 encontram-se nos nomes de povos sírios, e 4 em nomes de tribos palestinas.
Não é conhecida a altura em que os cananitas se mudaram para a Palestina, mas eles formavam a população indígena daquele país no tempo de Abraão (Gn 12:6). Estavam em possessão das maiores e mais poderosas cidades do país até terem sido desalojados pelos Israelitas perto do fim do 2º milénio B.C. Excavações em algumas das suas cidades como Jerusalém, Megido, etc., mostram que a cultura cananita no tempo das conquistas israelitas era de alto nível. A escrita babilónica cuneiforme era utilizada, e vários sistemas alfabéticos de escrita tinham entrado em utilização antes dos israelitas terem entrado no país. O artesanato e a metalurgia eram de alto nível, a arte de erigir grandes fortificações nunca tinha estado melhor, a música florescia, e uma literatura rica era produzida.
Os seus ritos religiosos idólatras estavam relacionados com uma grande imoralidade, e centrados numa adoração da fertilidade do homem, rebanhos e manadas, e na terra. O sistema sacrificial era semelhante ao dos hebreus, mas além de animais limpos, animais imundos e por vezes seres humanos, especialmente crianças, eram oferecidos em altares cananitas.

CANÁ - Heb. Qanah, “junco”.

1.) Um ribeiro que formava a fronteira entre Efraim e Manassés (Js 16:8; Js 17:9); actualmente identificado com Wâdi Qânah. Nasce a sul de Siquém, desaguando depois no Nahr ‘Auja, mais conhecido por Me-jarkon, ou Yarkon;
2.) Kana, provavelmente uma transliteração do heb.
Qanah, “lugar das canas”. Uma cidade na Galileia, chamada Caná da Galileia ou Caná na Galileia, para a distinguir da Caná na Celesíria. Tiglath-Pileser III, da Assíria, menciona Qana que, entre outras cidades da Galileia, foi capturada por ele. O rei terá levado consigo 650 prisioneiros dessa cidade. Foi em Caná que Cristo realizou o seu primeiro milagre, transformando a água em vinho (Jo 2:1-11). Também aí curou o filho de um régulo (Jo 4:46-54). Era também a terra natal de Natanael (Jo 21:2). Ainda se discute sobre a sua localização. A tradição, durante séculos, identificou-a com Kefr Kenna, uma aldeia cerca de 6,5 km a nordeste de Nazaré, mas muitos preferem identificá-la com Khirbet Qâna, cerca de 13 km a norte de Nazaré;
3.) Uma cidade na fronteira de Aser (Js 19:28), mencionada nos registos egípcios de Tuthmose III como Qnw e nas Cartas de Amarna como Qanû. Trata-se provavelmente da actual Qânah, 9.5 km a sudeste de Tiro.
CAMON - Heb. Qamôn, de significado incerto.

Um local em Gileade, onde o juiz Jair foi sepultado (Jz 10:5), sendo identificado ou com a actual Qamm, 19 km a sudeste da extremidade sul do Mar da Galileia, ou com Qumein, a nordeste de Irbid.

CALEBE DE EFRATA - Heb. Kaleb ’Ephrathah.


Um local onde Hezrom morreu, de acordo com algumas versões do texto de 1Cr 2: 24, onde se pode ler: “Após a morte de Hezrom, Calebe foi para Efrata e a mulher de Hezrom seu pai lhe deu Assur”.

CALDEIA - Heb. Kasdîm.

Originalmente, a área a sul da Mesopotâmea, entre o Tigre e o Eufrates, onde as tribos caldeias se instalaram no final do segundo milénio AC ou início do primeiro milénio. Depois que os caldeus tomaram Babilónia e fundaram o Império Neo-Babilónico, o nome da Caldeia foi aplicado a toda a Babilónia e é, por isso, usado no VT (Jr 50:10; Jr 51:24; Ez 11:24; etc.).

CAIM - Heb. Qayin, “forjador de metais”, ou “lança”.


O nome surge também em antigas inscrições árabes. Uma cidade situada nas montanhas de Judá (Js 15:57), actualmente chamada Khirbet Yaqîn, 5 km a sudeste de Hebrom.

CAFTOR - Heb. Kaphtôr.


O local de onde são originários os caftoreus (Dt 2:23) e os filisteus (Jr 47:4; Am 9:7). A LXX traduz a palavra Caftor, em Dt 2:23 e Am 9:7, por Capadócia; por isso, alguns eruditos identificam Caftor com a costa sul da Ásia Menor. Muitos comentaristas, contudo, acreditam que Caftor é a ilha de Creta e identificam o nome com Kftyw, o nome egípcio para Creta. O facto de a Keftiu (Kftyw) das inscrições egípcias ser Creta é provado por um outro em que os emissários de Keftiu são descritos como estando vestido à moda de Creta e de os seus presentes serem, inquestionavelmente, de origem cretense, tal como mostram as escavações efectuadas na ilha de Creta. Os textos ugaríticos mencionam um país chamado Kptr e os registos cuneiformes de Mari mencionam o nome gentílico Kapraru mas estes textos não fornecem qualquer pista quanto ao facto de este país ser continental ou insular.

CAFARNAUM - Gr. Kapharnaoum, uma transliteração do heb. Kephar Nachûm, “aldeia de Naum”.


Uma cidade no Mar da Galileia. O facto de possuir uma alfândega (Mt 9:9) e uma guarnição romana sugere que se tratava de uma cidade fronteiriça entre os estados de Filipe e Herodes Antipas. O capitão da guarnição mostrou-se particularmente amistoso para com os judeus, tal como o indica o facto de lhes ter construído uma sinagoga (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Cafarnaum era a cidade natal de Simão Pedro e André (Mc 1:29; Lc 4:38) e o local onde Mateus (Levi) recebeu o seu chamado para o apostolado (Mt 9:9-13; Mc 2:14-17; Lc 5:27-32). Jesus realizou vários milagres em Cafarnaum (Mt 8:5-17; Mc 1:21-28; Mc 2:1-13; Jo 4:46-54; etc.) e aí pregou vários sermões (cf. João 6:24-71; Mc 9:33-50). Na verdade, ficou conhecida como o Seu quartel-general e foi chamada a Sua cidade (Mt 9:1; cf. Mc 2:1). Contudo, o seu ministério não teve grande impacto entre o povo. Recusaram-se a arrepender-se e, por isso, Jesus predisse a completa destruição da cidade (Mt 11:23-24; Lc 10:15).Ainda não existem certezas quanto à sua identificação. A tradição situa-a em Khan Minyeh, 9.5 km a norte de Tiberíades mas, mais recentemente, foi identificada com Tell Hûm, a 4 km da nascente do Jordão, na margem noroeste do Mar da Galileia, versão esta que tem sido mais bem aceite. Foi escavada, em Tell Hûm, uma sinagoga judaica e depois reconstruída parcialmente. Data do século IV DC mas não é certo que se situe no mesmo local daquela em que Cristo pregou (Mc 1:21).
Escavações, levadas a cabo por V. Corbo desde 1968, puseram a descoberto casas, em Cafarnaum, que remontam ao século I AC, assim como outras estruturas. Entre elas encontra-se uma igreja cristã octogonal, contendo um baptistério (século V DC) e uma casa do século IV DC que os arqueólogos acreditam ter sido construída no local em que, na altura da sua construção, era considerado como tendo sido o local onde se situava a casa de Pedro. Graffitis gregos aramaicos, siríacos e latinos testificam do facto de a cidade ter sido frequentemente visitada por peregrinos cristãos no século IV.

CABZEEL - Heb. Qabse’el, “Deus junta”.


Uma cidade situada no extremo sul de Judá (Js 15:21); não identificada com toda a certeza. Era a cidade natal de Benaia, capitão da guarda de David (2Sm 23:20; 1Cr 11:22). Foi repovoada pelos judeus nos tempos do pós-exílio (ver Ne 11:25, onde é chamada Jecabsel - Heb. Yaqabse’el).

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

CABUL - Heb. Kabûl, “círculo”. O nome aparece como Kbr numa lista topográfica de cidades palestinianas elaborada por Ramsés III.


1.) Uma cidade no território de Aser (Js 19:27), agora Kabûl, cerca de 14.5 km a sudeste de Aco;

2.) Um nome que Hirão, de Tiro, como expressão do seu desagrado, deu a um distrito de 20 cidades na Galileia, distrito esse que lhe tinha sido dado por Salomão (1Rs 9:13). Foram provavelmente estas cidades que Salomão, mais tarde, repovoou com israelitas (2Cr 8:2). Na etimologia popular, parece ter sido interpretado como Kebal, literalmente, “como nada” ou “que não presta para nada”, embora tivessem sido sugeridas outras interpretações.

CABOM - Heb. Kabbôn, de significado incerto.


Uma cidade em Judá perto de Laquis (Js 15:40), ainda não identificada, possivelmente idêntica a Macbena (1Cr 2:49), se este for o nome de uma cidade.

BOZEZ - Heb. Bôses, “brilhante”.


Uma “penha aguda” na passagem de Micmás (1Sm 14:4), que não foi identificada.

BOSCATE - Heb. Bosqath, “inchaço”.

Um local no sul de Judá (Js 15:39), a cidade natal de Adaís, o avô materno do rei Josias, de Judá (2Rs 22:1). Situava-se perto de Laquis mas ainda não foi identificado.

BOQUIM - Heb. Bokîm, “aquele que chora”.


Um local perto de Gilgal onde os israelitas choraram por causa da sua desobediência (Jz 2:1-5). Ainda não foi identificado. Alguns vêem neste nome, o nome de um outro local perto de Betel - Allon-Bacuth.

BONS PORTOS - Gr. Kaloi Limenes, um nome perpetuado na actual Limenes Kali.


Um porto na costa sul de Creta, perto de Lasea. A sua baía encontra-se virada para Este mas existem outras duas pequenas ilhas que provêm abrigo a sudoeste. Os marinheiros do navio onde Paulo viajou como prisioneiro não acharam seguro mantê-lo ali durante todo o inverno e, contra o conselho de Paulo, tentaram chegar a Fénix, um bom porto na costa sudoeste de Creta (At 27:8-12).

BIZIOTÉIA - Heb. Bizyôthyah, de significado incerto.

Um local na zona sul de Judá (Js 15:28), se forem seguidos os textos hebraicos masoréticos. Nalgumas versões, lê-se “e as suas aldeias”.
BITROM - Heb. Bithrôn, “desfiladeiro”.

Um distrito ou vale entre o Jordão e Maanaim (2Sm 2:29); ainda não identificado com toda a certeza. É provavelmente o local mencionado nas Cartas de Amarna como Batruna. Uma vez que a palavra Bithrôn também significa “manhã”, alguns tradutores adoptaram-na em 2Sm 2:29 porque faz sentido após a menção à marcha nocturna.

BITÍNIA - Gr. Bithunia.


Uma área na costa norte da Ásia Menor limitada a este pelo Ponto, a sul pela Galácia e Frígia e a oeste pela Mísia e Porportis. O povo da Bitínia mantinha laços familiares com os Tracianos. No tempo dos Persas, o país dividiu-se em duas satrapias mas no período helenístico era mais ou menos independente. O último rei nativo, Nicomedes III, em 74 AC, legou o seu reino aos romanos que, mais tarde, fizeram dele uma província e lhe acrescentaram Ponto. A província passou a chamar-se Bitínia e Ponto. A capital da Bitínia era Nicomédia. Paulo desejou fazer trabalho missionário nesta zona mas o Espírito Santo não lho permitiu (At 16:7). Contudo, formou-se aí uma igreja cristã nos tempos apostólicos, tal como atesta a primeira carta de Pedro (At 1:1). O mais famoso governador da província foi Plínio, o Novo que, no início do século II DC, nos diz que muitos cristãos se encontravam sob a sua jurisdição. Mais tarde foram realizados importantes concílios da igreja em cidades da Bitínia, tais como Nicaia e Calcedónia.

BILHA - Heb. Bilhah, de significado incerto.

Uma cidade no território de Simeão (1Cr 4:29); geralmente identificada com Baala (Js 15:29) e Bala (Js 19:3).

BEZER - Heb. Beser, “fortaleza”.


Uma cidade na Transjordânia, no território de Rúben, atribuída aos levitas (Dt 4:43; Js 21:36) e designada como cidade de refúgio (Js 20:2, 8). Foi, mais tarde, tomada pelos moabitas e fortificada pelo Rei Mesa (Pedra Moabita, linha 27). É possível que se localize em Umm el-‘Amad, cerca de 12 km a nordeste de Medeba.

BEZEQUE - Heb. Bezeq, de significado incerto.


1.) Uma cidade governada por Adonibezeque e capturada por Judá e Simeão durante a invasão de Canaã (Jz 1:4, 5). A cidade ainda não foi identificada mas tem-se sugerido Khirbet Bezqa, 3 km a sudeste de Lida (Lod), como possível localização;

2.) Um local onde Saúl reuniu os israelitas, antes de ir socorrer Jabes-Gileade (1Sm 11:8), actualmente Khirbet Ibzîq, cerca de 19 km a nordeste de Siquém.

BETUEL - Heb. Bethû’el, provavelmente “homem de Deus”.


O nome Battiilu aparece nas Cartas de Amarna. Um local a sul de Judá que pertencia aos simeonitas (1Cr 4:30), chamado Betul em Js 19:4 (Heb. Bethûl). É possível que David tenha enviado para esta cidade parte dos despojos capturados aos amalequitas, depois que saquearam Ziclague (1Sm 30:27; a palavra Betel, neste texto, poderá ter como origem a queda da letra w do nome hebraico). É possível que a Quesil de Js 15:30 seja outra designação para o mesmo local. Ainda não foi identificado.

BETSAIDA - Gr. Bethsa(da, do aramaico Bêth-sayeda, “casa da pesca”.

Um local junto ao Mar da Galileia (Mc 6:45), a terra natal dos apóstolos Filipe, André e Simão Pedro (Jo 1:44; Jo 12:21) e o local onde o cego foi curado (Mc 8:22-26). Jesus denunciou esta cidade, assim como Corazim e Cafarnaum, por causa da dureza dos seus corações e descrença (Mt 11:21-23). O local fora reconstruído e elevado a cidade pelo tetrarca Herodes Filipe, que lhe chamou Bethsaida Julias, em honra da filha do Imperador Augusto. Não muito longe de Betsaida, fica a área onde Jesus alimentou 5000 pessoas com cinco pães e dois peixes (Mc 6:31-44; Jo 6:1-15). A cidade ficava provavelmente junto à nascente do Jordão, na margem nordeste do Mar da Galileia, em el-‘Araj ou 3 km para norte em et-Tell. Avi-Yonah considera-a uma cidade gémea das ruínas de ‘Araj, representando Betsaida e et-Tell Julias.
BETOROM - Heb. Bêth-Chorôn, “casa do (deus) Choron”; Egípcio, Bt Hrn

Cidades gémeas no território de Efraim (Js 16:3,5), afastadas uma da outra cerca de 3 km e chamadas Betorom Superior e Inferior, por existir uma diferença de altitude de cerca de 213 m entre as duas cidades. Um ostracon, encontrado em Tell Qasile, contém uma inscrição em hebreu antigo que diz: “Trinta siclos de ouro de Ofir por Betorom”.

1.) Betorom Inferior (ou mais baixa) - Js 16:3; Js 18:13 - Situada na fronteira de Efraim, na saída ocidental da encosta das montanhas. Ficava a cerca de 3 km a oeste da Betorom Superior e a sua altitude era de aproximadamente 397 m acima do nível do mar. A Betorom Inferior, uma cidade estrategicamente importante, foi também fortificada por Salomão (1Rs 9:17; 2Cr 8:5). É actualmente Beit ‘Ur et-Tahta. A passagem onde as duas cidades se situam era a estrada por onde os amorreus fugiram dos israelitas, comandados por Josué (Js 10:10,11). Os filisteus subiram por este estreito desfiladeiro para lutarem contra Saúl (1Sm 13:18). Nas guerras macabeias, deram-se aqui duas grandes batalhas (I Mac 3:15,16, I Mac 7:39, 40) e foi aqui que os judeus, em 66 DC, quase derrotaram o exército romano de Cestius Gallus, emissário da Síria;
2.) Betorom Superior era uma cidade fronteiriça de Efraim (Js 16:5). Foi erigida por Será, uma mulher efraimita (1Cr 7:24). Controlava a importante entrada que ia desde a planície até à área montanhosa central. Esta foi, sem dúvida a razão porque Salomão a fortificou (2Cr 8:5). É identificada com a actual Beit ‘Ur el-Foqa, 16 km a nordeste de Jerusalém, cerca de 617 m acima do nível do mar.
BETONIM - Heb. Betonîm, “pistácio”.

Uma cidade na Transjordânia, no território de Gade (Js 13:26), identificada com Khirbet el-Batneh, 9 km a sudeste de es-Salt.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

BETFAGÉ - Gr. Bethphage, do aramaico Bêth-pagge’, “casa dos figos”.

Um pequeno local perto de Jerusalém, mencionado juntamente com Betânia e situado na vertente este do Monte das Oliveiras (ver Lc 19:37). Foi identificado com Kefr et-Tûr, no cimo do Monte das Oliveiras, mais ou menos a noroeste de Betânia.

BETE-ZUR


Uma cidade cananeia atribuída a Judá (Js 15:58) e habitada pelos calebitas (1Cr 2:45; cf.1Cr 2:42). Roboão fortificou-a (2Cr 11:5, 7{-1}) e após o exílio tornou-se no centro de um distrito (Ne 3:6). Teve um papel importante nas guerras macabeias. Judas obteve aí uma grande vitória sobre Lísias, o general sírio (I Mac 4:29; II Mac 11:5; II Mac13:19, II Mac13:22) e depois fortificou a cidade (I Mac 4:61; I Mac 6:7, I Mac 6:26). Foi, mais tarde, conquistada por Antíoco V Eupator (I Mac 6:49, 50) e depois reforçada pelos sírios, sob Bacchides (I Mac 9:52) mas foi recapturada pelos Judeus, sob as ordens de Simão Macabeu (I Mac 11:65, 66; I Mac 14:7).
O seu antigo nome ainda permanece em Beit Sûr, 6.5 km a norte de Hebrom mas a localização actual da antiga Bete-zur encontra-se em Khirbet et-Tubeiqah, cerca de 5,5 km a noroeste de Hebrom. Em 1931 e 1957, foram levadas a cabo escavações em Bete-Zur que confirmaram a história da cidade, tal como descrita em registos literários. Mostram também que esta já era uma cidade importante no século XVIII a.C.

BETE-TÁPUA - Heb. Bêth-Tappûach, “casa das maçãs”.

Uma cidade de Judá (Js 15:53) identificada com Taffûh, 6.5 km a oeste de Hebrom.

BETE-SITA - Heb. Bêth-hashshittah, “casa das acácias”.


Uma cidade perto de Zererá, no Vale do Jordão, para onde os midianitas fugiram de Gideão (Jz 7:22); não identificada.

BETE-SEMES - Heb. Bêth-Shemesh, “casa do sol”. As cidades com este nome eram, aparentemente, locais de adoração do sol.

1.) Uma cidade mencionada como situando-se a oriente da Planície de Esdraelon, ou ali perto (Js 19:22). Foi identificada com el-‘Abeidiyeh, perto de Bete-Seã;
2.) Uma cidade no território de Naftali, perto de Bete-Anate (Js 19:38; Jz 1:33); não foi identificada;
3.) Um centro de adoração do sol no Egipto, provavelmente Heliópolis, (Jr 43:13);
4.) Uma antiga cidade cananeia, 24 km a oeste de Jerusalém, no Vale de Soreque, no caminho para Asdode. A cidade foi atribuída a Judá (Js 15:10) como cidade destinada aos sacerdotes (Js 21:16). Situava-se na fronteira entre Judá e Dã e era também chamada Irsemes (Js 19:41). As “montanhas de Heres” (“montanhas do sol”) de Jz 1:35 são, muitas vezes, identificadas com este local. É provável que este local não tenha sido ocupado pelos hebreus senão alguns séculos mais tarde, mas o tempo exacto não é conhecido. Parece terem-na ocupado no tempo de Samuel, pois a arca do Senhor, que os filisteus tinham capturado, voltou para Bete-Semes, onde ficou até ser levada para Quiriate-Jearim (1Sm 6). Bete-Semes foi o palco da batalha em que Joás, de Israel, capturou Amazias, de Judá (2Rs 14:1-14). Os filisteus ocuparam-na no tempo de Acaz (2Cr 28:18). O local é identificado com Tell er-Rumeileh, perto de ‘Ain Shems, que ainda continua a ser designada pelo antigo nome.
O Fundo Palestiniano de Exploração levou a cabo algumas escavações, sob a direcção de Duncan Mackenzie, em 1911-1912 e também sob a direcção de Elihu Grant, para o Haverford College, entre 1928 e 1933. Foram descobertos seis níveis. O nível VI, o mais antigo, continha algumas peças de olaria do período pré-Hiksos (2200-1700 AC). O nível V representa a cidade no período Hiksos, que terá sido destruída no século XVI, durante a campanha de Amenhotep I ou Tutmose I. As relíquias encontradas no nível seguinte - IV - mostram que a cidade cananeia passou pelo seu período mais próspero por volta de 1500-1200 AC mas que terá sido destruída a meio desse período, talvez pelos hebreus (1350 AC). Os níveis III (1200-1000 AC) e II (1000-586 AC), atribuídos à ocupação israelita, mostram que Bete-Semes foi uma cidade pobre nesse tempo, sem fortificações. O local não foi reocupado após o exílio e até ao período helenístico, quando um pequeno grupo de colonos aí se estabeleceu (nível I).
Entre as descobertas mais interessantes encontradas em Bete-Semes estão: 1) uma tabuínha de argila onde estão inscritos sinais cuneiformes ugaríticos, inscritos ao contrário e para serem decifrados, terá que se recorrer a um espelho e 2) um ostracon, ou fragmento de vaso, contendo uma inscrição em ortografia proto-semítica, datado de meados do 2º milénio AC.
BETE-SEÃ - Heb. Bêth-She’an e Bêth-Shan.

Nas Cartas de Amarna, o nome aparece como Bît-Sâni e em textos egípcios como Bt-Shr. Uma antiga fortaleza cananita no estreito oriental da planície de Esdraelon, junto ao Rio Jalud, perto do Jordão. Ocupava uma posição estratégica na principal estrada para Damasco. Por causa disto, os egípcios consideraram-na, durante séculos, como uma cidade-chave do seu império asiático. Bete-Seã não foi ocupada pelos hebreus no tempo de Josué (Jz 1:27). Na divisão da terra, a cidade foi atribuída a Manassés, embora se situasse no território de Issacar e Aser (Js 17:11). Por altura da morte do Rei Saúl, os filisteus capturaram-na e depois da batalha, penduraram nas suas paredes os corpos de Saúl e dos seus filhos (1Sm 31:10, 12; 2Sm 21:12). David, aparentemente, ocupou-a, pois ela pertenceu ao reino de Salomão. Salomão colocou-a sob a administração de Baana, que vivia em Megido (1Rs 4:12).
O faraó Sisaque menciona Bete-Seã como uma das cidades conquistadas durante a sua campanha na Palestina (cf. 1Rs 14:25, 26). Após um silêncio de vários séculos, Bete-Seã reaparece na história, no século III AC, quando Antioco III a conquistou (218 AC). Em 107 AC, caiu novamente nas mãos dos judeus e permaneceu, por pouco tempo, sob o seu controlo. O seu nome foi, entretanto, mudado para Citópolis. Quando Pompeu a tornou numa cidade livre, em 63 AC, juntou-se às cidades de Decapolis. A actual aldeia de Beisân preservou o seu antigo nome. A sua localização inicial, um dos montes de terra mais conspícuos da Palestina, é chamada Tell el-Husn.
Uma expedição da Universidade da Pensilvânia escavou o local primitivo entre 1921 e 1933, descobrindo dezoito níveis de ocupação. Ficou a saber-se que a cidade se encontrava já sob influência egípcia no início do 2º milénio AC e que foi uma forte cidade-reino no período Hiksos. As escavações revelaram também que, após a conquista levada a cabo por Tutmose III, Bete-Seã permaneceu como possessão egípcia, sendo uma guarnição militar durante três anos. Neste período de tempo, construíram-se dois templos sobre os fundamentos dos antigos, um para Astarte-Anate e outro para Mekal-Resheph. Dessa altura também são várias colunas monumentais egípcias, duas erigidas por Seti I, uma por Ramsés II e ainda uma estátua de Ramsés III descoberta pela expedição entre as ruínas. Foram também descobertos vários objectos que lançam alguma luz sobre os ritos e cultos pagãos dos cananeus, nomeadamente os que eram usados no culto de adoração das serpentes.

BETESDA - Heb. Bêth-sûr, “casa de uma rocha”.


Um tanque próximo da porta das ovelhas de Jerusalém, “o qual tem cinco alpendres” (Jo 5:2). No tempo de Cristo, estes alpendres eram ocupados por muitas pessoas doentes que ali permaneciam à espera do misterioso movimento das águas. As pessoas acreditavam que este movimento era provocado por um anjo e que curava quem primeiro entrasse na água. Aí Jesus curou um homem inválido há 38 anos (Jo 5:1-9). O nome Beth-zatha aponta para a localização do tanque na região norte da Jerusalém do Novo Testamento. A proximidade da porta das ovelhas junto ao tanque indica que este se encontrava a norte do Templo, pois esta porta (Ne 3:1) situava-se a nordeste do muro do templo.
O tanque actual foi descoberto em 1888, a noroeste da Igreja de Santa Ana e as escavações levadas a cabo no local desde então mostram que a estrutura tinha 5 muros, um dos quais dividia o tanque em duas bacias, enquanto que os outros quatro rodeavam o tanque.

BETE-REOBE - Heb. Bêth-Rechob, “casa de uma rua larga”.


Uma cidade a norte da Palestina, no vale onde a tribo de Dã se instalou (Jz 18:28). Em Nm 13:21 e 2Sm 10:8 é mencionada como Reobe e Recobe respectivamente. De acordo com 2Sm 10:6, era uma pequena cidade-estado arameia (síria) que os amonitas alugaram na sua guerra contra David mas que foi derrotada (vers. 13). Não se conhece a sua localização exacta.

BETE-QUERÉM - Heb. Bêth-Hakkerem, “casa da vinha”.

Um local em Judá (Ne 3:14; Jr 6:1), geralmente identificado com ‘Ain Kârim, 6.5 km a oeste de Jerusalém mas, mais recentemente, com Ramath-Rahel, 4 km a sul de Jerusalém. Aí, escavações levadas a cabo por Y. Aharoni puseram a descoberto uma cidade antiga onde existia um palácio real relativo aos últimos anos do reino de Judá.

BETE-PEOR - Heb. Bêth Pe‘ôr, “casa do (deus Baal-) Peor”.


Um local moabita perto do monte Pisga, onde os israelitas acamparam antes de passarem o Jordão (Dt 3:29; Dt 4:46). Moisés foi enterrado ali perto (Dt 34:6). Foi atribuído a Rúben (Js 13:20). Abel e Noth identificam-no com Khirbet esh-Sheikh Jayel, 9.5 km a oeste de Hesbom. Waterhouse e Ibach identificam-no com Khirbet Mehatta, 8 km a oeste de Hesbom.

BETE-PATZEZ - Heb. Bêth-passes, “casa da devastação”.

Um local no território de Issacar (Js 19:21); não identificado.
BETE-PALETE - Bete-Pelete e Bete-Palete; Heb. Bêth-pelet, “casa da fuga”.

Uma cidade no sul de Judá (Js 15:27; Ne 11:26). Situava-se, sem dúvida, perto de Beer-sheba, mas a sua localização exacta ainda não foi averiguada. Petrie identificou-a com Tell el-Fâr‘ah, a sul, cerca de 29 km a oeste de Beer-sheba, que ele escavou, mas esta identificação nunca foi muito aceite. Alguns identificam Tell el-Fâr‘ah com Sharuhen, mas Sharuhen parece identificar-se mais com Tell el-‘Ajjûl. Portanto, nem a localização de Bete-Palete, nem a identificação de Tell el-Fâr‘ah são conhecidas.
BETE-NINRÁ OU NINRÁ - Heb. Bêth-Nimrah e Ninrah, “(casa da) água cristalina”.

Uma cidade na Transjordânia, atribuída à tribo de Gade e reconstruída por esta tribo (Nm 32:3, 36; Js 13:27). De acordo com a informação fornecida por Eusébio e Jerónimo, o local foi identificado com Tell el-Bleibil, que se situa 9.5 km a este do Jordão, no Wâdi Sha‘îb.

BÉTEN - Heb. Beten, “oco”.


Uma aldeia no território de Aser (Js 19:25). Foi identificada com Abtûn, cerca de 19 km a sudeste de Acre (Aco).

BETE-MEQUE - Bêth-Ha‘emeq, “casa do vale”.

Uma cidade no território de Aser (Js 19:27); provavelmente Tell Mimâs, cerca de 9,5 km a nordeste de Acre.

BETE-LEBAOTE - Heb. Bêth-leba’ôth, “casa dos leões”.


Uma cidade no sul de Judá, atribuída à tribo de Simeão (Js 19:6). O local é desconhecido.

BETE-LE-AFRA - (casa de) Afra; Heb. Beth-le‘Aphrah, “casa do pó”.


Uma cidade em Judá (Mq 1:10). Foi identificada com et-Taiyibeh, entre Hebrom e Beit Jibrîn; mas a sua localização permanece incerta

BETE-JESIMOTE - Heb. Bêth-Hayeshimôth, “casa da assolação”.

Um local que formava o limite sul do acampamento israelita em Abel-Sitim (Nm 33:49), identificando-se talvez com Tell el-‘Azeimeh, cerca de 16 km a sudeste de Jericó, a este do Jordão. O local é também mencionado em Js 12:3; Js 13:20 e Ez 25:9.
BETE-HOGLÁ - Heb. Bêth-Choglah, “casa de perdiz”.

Uma aldeia de Benjamim, no seu limite sul no Vale do Jordão (Js 15:6; Js 18:19). Tem sido identificada com ‘Ain Hajlah, 8 km a sudoeste de Jericó.
BETE-HARÃ - Heb. Bêth-Haran, de significado incerto.

Um local no Vale do Jordão, reconstruído pela tribo de Gade (Nm 32:36), talvez o mesmo que é mencionado em Js 13:27. No Novo Testamento era conhecido como Beth-Aramphta, o local onde Herodes tinha um palácio. Herodes Antipas chamou-lhe Lívia, em honra da mulher do Imperador Augusto. Tem sido identificado com Tell Iktanû, cerca de 11 km a nordeste do ponto onde o Jordão corre para o Mar Morto.
BETE-HAGÃ - Heb. Bêth-Haggan, “casa do jardim”.

Um local para onde Acazias fugiu quando Jeú matou Jorão, de Israel (2Rs 9:27, “casa do jardim”). É, talvez, a actual Jenîm, chamada En-ganim em Js 19:21.

BETE-GAMUL - Heb. Bêth-Gamûl, “casa das recompensas”.


Uma cidade em Moabe (Jr 48:23), actualmente identificada com Khirbet ej-Jumeil, 13 km a este de Dibom

BETE-GADER - Heb. Bêth-Gader, “casa de uma parede”.


Uma cidade em Judá (1Cr 2:51), talvez a Geser de Js 12:13. A sua localização é desconhecida. A cidade é mencionada num texto cuneiforme como Gidiraya.

BETE-EZEL - Heb. Bêth-Ha’esel, “um lugar perto”.

Uma cidade de Judá (Mq 1:11). Tem sido identificada com Deir el-‘Asal, cerca de 3 km a este de Tell Beit Mirsim.
BETE-EQUEDE DOS PASTORES - Heb. Bêth-‘Eqed Haro‘îm, de significado incerto.

Uma localidade situada entre Jezreel e Samaria (2Rs 10:12, 14). Algumas versões traduzem o termo hebraico por “casa da tosquia”. Alguns identificam-na com Beit Qad, 5 km a norte de Jenîm (a antiga Engannim); outros com Kufr Ra‘i mas ambas as identificações são conjecturais.

BETE-ÉDEN - Heb. Bêth ‘Eden, “casa de Éden”.


Provavelmente o país chamado Bît Adini em inscrições acadianas, que se situava em ambos os lados do Eufrates, no norte da Mesopotâmia, tendo sido habitado pelos arameus, até que a nação foi destruída pela Assíria no século VIII AC. A capital de Bît Adini era Til Barsip, a actual Tell el-Ahmar, situada 25,5 km a sul de Carquemis, na margem oriental do Eufrates. O local foi escavado por uma expedição francesa, sob a direcção de F. Thureau-Danein, entre 1929 e 1931. Descobriram-se esculturas e inscrições do período de ocupação assíria. Amós profetizou contra este país (Am 1:5). Noutros locais é apenas mencionado como Éden. É referida juntamente com Gazã, Herã, Resefe e Telassar como tendo sido conquistada pelos assírios no tempo de Ezequias (2Rs 19:12; Is 37:12). Ezequiel fala dos mercadores de Éden, entre outros, como tendo fornecido Tiro no seu auge (Ez 27:23).

BETE-DAGOM - Heb. Bêth Dagôn, “casa (ou templo) do (deus) Dagom”.


1.) O nome provavelmente designa locais de adoração a Dagom. Uma lista topográfica das cidades palestinianas, pertencente a Ramsés III, fala de Bt-dkn e registos cuneiformes mencionam Bit-daganna, sem dúvida ambas referindo-se a uma das duas Bete-Dagom bíblicas.
Um local no território de Aser, na direcção de Zebulom, perto do Monte Carmelo (Js 19:27); não identificado;

2.) Um local em Judá (Js 15:41), tratando-se provavelmente de Khirbet Dajûn, 8 km a sudeste de Jafa.

BETE-CAR - Heb. Bêth-Kar, “casa do cordeiro”.


Um local até onde os israelitas perseguiram os filisteus, após a segunda batalha com Ebenezer (1Sm 7:11); terá sido identificada com Beth-haccheren.

BETE-BIRI - Heb. Bêth-Bir’i, “casa da minha criação”.


Uma cidade no território de Simeão (1Cr 4:31); não identificada.

BETE-BARA - Heb. Bêth-Barah, “casa do vau”.


Um local do Vale do Jordão (Jz 7:24); não identificado.

BETE-ASBÉIA - Heb. Bêth-’Ashbea‘, “casa da abundância”.


Um local provavelmente em Judá, onde vivia uma família judaica, conhecida como “obreiros de linho” (1Cr 4:21); o local não foi identificado. Algumas versões traduzem o termo hebraico por “casa de Asbéia”, considerando Asbéia como o chefe desta família de tecelões.

BETE-ARBEL - Heb. Bêth ’Arbe’l.

De acordo com Os 10:14, trata-se de uma cidade destruída por Salmã (provavelmente Salmanezer). A sua identificação não é certa. Eusébio identificou-a com Irbid (Arbela), em Gileade, 25.5 km a este do Jordão, ao passo que Josefo fala de uma Arbela na Galileia, 6.5 km a noroeste de Tiberíades.

BETE-ARABIM - Heb. Bath-Rabbîm, “filha de uma multidão”.


O nome de um portão em Hesbom e do qual nada mais se sabe (Ct 7:4).

BETE-ARABÁ - Heb. Bêth-ha‘arabah, “casa do deserto”.


Um local situado no Deserto de Judá, na fronteira entre Benjamim e Judá (Js 15:6, Js 15:6), tratando-se provavelmente da Arabá de Js 18:18. Foi identificada como el-Gharabeh, em Wâdi Qelt, cerca de 5 km a oeste do Rio Jordão.

BETE-ANOTE - Heb. Bêth-Anôth, “a casa da (deusa cananeia) Anate”.


Um lugar em Judá (Js 15:59). Algumas das referências que os egípcios fazem relativamente a Bete-Anate, poderão aplicar-se a esta cidade. Foi identificada com Beit ‘Ainûm, 5 km a nordeste de Hebrom.

BETE-ANATE - Heb. Bêth-‘Anath, “casa (ou templo) da (deusa cananeia) Anate”.

O nome é mencionado nas listas topográficas egípcias relativas à Palestina, de Ramsés II a Sisaque, como sendo Bt‘nt. Uma cidade cananeia no território de Naftali (Js 19:32, 38), que permaneceu nas mãos dos cananeus (Jz 1:33). Tem sido identificada com el-Ba‘neh, cerca de 17,5 km a este de Aco

BETE-AMARCABOTE - Heb. Bêth-hammarkabôth, “casa dos carros”.


Uma cidade no território dos simeonitas, perto de Ziclague (Js 19:5; 1Cr 4:31); não identificada

BETÁVEN - Heb. Bêth-’awen, “ a casa da maldade”.


Um local perto de Ai, a este de Betel e a oeste de Micmás, perto do deserto (Js 7:2; Js 18:12; 1Sm 13.5; 1Sm 14:23); não está identificado

BETÂNIA - Gr. Bethania, do heb. Bêth-‘ani, “casa dos pobres”.


1.) Um local a este do Jordão, onde João baptizava (Jo 1:28); não identificado;

2.) Uma aldeia na vertente oriental do Monte das Oliveiras, cerca de 2,5 km a este de Jerusalém, na estrada que liga Jerusalém a Jericó. Era em Betânia que se situava a casa de Lázaro, Marta e Maria, que Jesus visitou em várias ocasiões (Mt 21:17; Mc 11:1, 11, 12; Lc 10:38; Jo 11:1); era também onde vivia Simão, o leproso, onde Maria ungiu Jesus (Mt 26:6-13; Mc 14:3). A ascensão teve lugar não muito longe desta aldeia (Lc 24:50, 51). O local chama-se actualmente el-‘Azarîyeh, em homenagem a Lázaro, cujo túmulo aí se encontra. Em Ne 11:32 aparece como Anania.

BETABARA - Gr. Bethabara.

Um local no Jordão, onde João baptizava (Jo 1:28). Contudo, evidências textuais inclinam-se para Betânia, embora Origenes, que não conseguiu descobrir nenhuma Betânia perto do Jordão, prefira Betabara, com base em argumentos geográficos. Este ponto de vista foi aceite durante vários séculos. Mas nem mesmo a Betabara de Origenes foi identificada. ‘Abarah, o vau do Jordão sugerido por alguns, situa-se 19 km a sul do Mar da Galileia e parece, deste modo, localizar-se muito para norte. Outra conjectura diz que Betabara é Beth-barah, perto da confluência do Jaboque com o Jordão. A sua localização deve ser considerada como sendo ainda incerta.
BETÁ - Heb. Betach; “confiança”, “segurança”.

Uma cidade em Aram-Zobá (2Sm 8:8). Em 1Cr 18:8 é mencionada como Tibate. Não identificada
BESOR - Heb. Besôr, “refrescante”.

Um ribeiro a sul de Ziclague (1Sm 30:9, 10, 21), provavelmente o Wâdi Ghazzeh, que corre desde Beer-sheba e em direcção a ocidente, entrando no Mediterrâneo ao sul de Gaza.
BEROTA OU BEROTAI - Heb. Berôthah e Berothay, provavelmente significando “ciprestes”.

De acordo com Ez 47:16, era uma cidade que se situava entre Damasco e Hamate, sendo provavelmente a mesma que Berotai, que pertencia ao reino de Hadadezer, de Zobá e de onde David trouxe uma grande quantidade de bronze, depois de ter capturado a cidade (2Sm 8:8). Berota é também chamada Cum (Heb. Kûn - 1Cr 18:8). Tem sido identificada com Bereitân, 13 km a sul de Ba‘albek

BEREIA - Gr. Beroia.


Uma cidade na Macedónia, cerca de 80 km a sudoeste de Tessalónica e a 38,5 km do mar, a sul da Planície Vardar. Durante o século I dC, foi uma cidade populosa da Macedónia, embora cidades como Tessalónica e Filipos a ultrapassassem em importância comercial e política. O seu nome actual é Verria. Paulo esteve em Bereia, vindo de Tessalónica, durante a sua segunda viagem missionária. Pregou nesta cidade, aí obtendo um sucesso considerável. Quando os judeus de Tessalónica vieram para Bereia e aí excitaram os ânimos contra o apóstolo, ele retirou-se, deixando Timóteo e Silas na cidade (At 17:10-14). Nada mais se sabe sobre esta igreja. Existem poucas dúvidas de que Paulo tenha visitado novamente a cidade e a igreja durante a sua terceira viagem missionária (At 20:1-4)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

BERACA - Heb. Berakah, “ bênção”.

O nome, na forma brk’, aparece em selos aramaicos antigos. Um vale em Judá, perto de Tecoa. O rei Josafat reuniu lá, uma vez, o exército para agradecer a Deus a vitória obtida sobre os amonitas, moabitas e edomitas (2Cr 20:26) e, como consequência, chamou-lhe Berakah, “bênção”. O vale foi identificado com a depressão actualmente conhecida por Wâdi el-‘Arrûb, a sul de Tecoa, que corre desde as cordilheiras montanhosas da Judeia em direcção a sul.
BENE-JAACÃ - Heb. Benê Ya‘aqan, “filhos de Jaacã”.

Um local que pertencia ao clã de Jaacã (1Cr 1:42). O povo de Israel acampou perto dos poços pertencentes a este povo (Nm 33:31, 32; Dt 10:6). Veja Beerote.
BENE-BERAQUE - Heb. Benê-beraq, “filhos do relâmpago”; Acádia, Banai Barqa.

Um local no território de Dã (Js 19:45). É a actual Ibnibrâq, 8 km a nordeste de Jafa, perto da aldeia de Bene-Beraque.
BELÉM EFRATA - Heb. Bêth-lechem, "casa de pão".

Uma cidade na região rural de Judá. Aparentemente pertenceu a Jerusalém antes dos israelitas terem invadido o país, como uma referência a Bît-Lahmi nas cartas de Amarna parecem indicar. Era algumas vezes chamada Efrata (Gn 35:19), e para distingui-la da Belém em Zebulom era chamada Belém de Judá e Belém Efrata (Jz 17:7; Mq 5:2). No período patriarcal é primeiro mencionada como o local para onde Jacob viajava quando Raquel morreu (Gn 35:16, 19; Gn 48:7). Se o texto da LXX de Js 15:59 é fiável aparentemente foi entregue a Judá aquando da divisão do país, mas o texto masorético não a inclui na lista das cidades de Judá. Era a localidade onde viviam algumas personagens bíblicas famosas: Boaz (Rt 2:4), Jessé (1Sm 16:1), os filhos de Zeruia (2Sm 2:32), e David (1Sm 17:12; etc.). De acordo com a profecia de Miquéias (Mq 5:2) o Messias viria de Belém. No tempo de David era uma cidade murada e por algum tempo foi ocupada pelos filisteus (2Sm 23:14, 15). Roboão voltou a fortificá-la (2Cr 11:6). Depois do exílio babilónico os judeus reocuparam-na (Ed 2:1, 21; Ne 7:26).
Belém é especialmente bem conhecida como a cidade em que Jesus nasceu, e onde uma série de eventos teve lugar relacionados com o Seu nascimento: o anúncio do seu nascimento aos pastores, a visita dos magos do oriente, e o extermínio das crianças da cidade por Herodes o Grande (Mt 2:1-18; Lc 2:4-20).
BELÉM - Heb. Bêth-lechem, “casa de pão”.

Uma cidade no território de Zebulom (Js 19:15), provavelmente a terra natal do juiz Ebsã (Jz 12:8-11); identificada com Beit Lahm, 16 km a norte de Megido
BEEROTE - Heb. Be’erôth, significando “poços”.

1.) Trata-se de um local na fronteira de Edom, onde os israelitas acamparam (Dt 10:6). Outras traduções chamam-lhe Beerote-Bene-Jaacã, ou seja, “os poços dos filhos de Jaacã”. O local poderá ser identificado com Birein, 10,5 km a sudeste do oásis el-‘Auja;
2.) Uma cidade cananeia, cujos habitantes se juntaram aos gibeonitas com a intenção de entrarem em negociação com os hebreus (Js 9:17, 18). A cidade foi atribuída à tribo de Benjamim (Js 18:25; 2Sm 4:2). Foi reocupada pelos judeus depois do exílio (Ed 2:25; Ne 7:29). No tempo do Novo Testamento chamava-se Beroea. É geralmente identificada com el-Bîreh, 2.5 km a sudoeste de Betel mas muitos preferem Râs et-Tahûneh.
BEERELIM - Heb. Be’er ’Elîm, “poço das árvores”.

Um local em Moabe (Is 15:8), identificado por muitos como a Beer de Nm 21:16, que se situava provavelmente em Wâdi et-Tamad.
BEALOTE - Heb. Be‘alôth, “amantes” ou “possuidoras”.

Um local a sul de Judá (Js 15:24). Alguns pensam tratar-se de Baalate-Beer
BEALOTE - Heb. Be‘alôth, “amantes” ou “possuidoras”.

Um local perto do território de Aser (1Rs 4:16).
BAURIM - Heb. Bachurîm, “rapaz jovem”.

Um local em Benjamim (1Rs 2:8), no caminho que ia de Jerusalém até ao Jordão, perto do Monte das Oliveiras (2Sm 16:5; cf. 2Sm 15:30, 32). Simei, um inimigo de David, era de lá (2Sm 19:16). Aimaás e Jónatas esconderam-se num poço que ali existia (2Sm 17:18-21). Foi identificado com Râs et-Tmîm, 2 km a este do Monte Escopo.
BASÃ-HAVOTE-JAIR - Heb. Bashan Chawwath Ya’ir.

Trata-se de uma área geográfica (Dt 3:14). Contudo, o elemento “Basã” deve obviamente ser separado do nome e ser colocado num local anterior no versículo, tal como acontece noutras traduções. Veja Havote-Jair
BALAZOR - Heb. Ba‘al Chasôr, “Baal do valado”.

Um local perto de Efraim (2Sm 13:23), provavelmente Jebel ‘Asûr, 8 km a nordeste de Betel

BAJITE - Heb. Bayith, “casa” ou “templo”.


Trata-se de uma cidade ou templo em Moabe (Is 15:2). Um problema textual, na língua hebraica, torna impossível a sua identificação. Alguns tradutores consideram que o texto hebraico não está correcto e, por isso, lêem bath, “filha”

BAIRRO JUDEU - Gr. Ioudaia, “Judeia”.

Um termo que aparece duas vezes (Lc 23:5; Jo 7:1). O termo grego assim traduzido aparece 44 vezes mas somente nestes dois exemplos é traduzido por “bairro judeu”. Noutros locais surge sempre como “Judeia”. Ioudaia designa exactamente a zona sul da Palestina, em contraste com Samaria, Galileia e Idumeia; contudo, pensa-se que, por vezes, Ioudaia é usada num sentido mais lato, aplicando-se à região ocupada pela nação judaica. Este poderá ser o seu significado em Lc 23:5 mas não em Jo 7:1.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

BACA - Heb. Baka’, possivelmente “árvore de bálsamo”.


Nome de um vale na Palestina (Sl 84:6), assim chamado, provavelmente, por causa das árvores que aí cresciam. Alguns pensam que este é um outro nome dado ao vale de Refaim, onde se encontravam várias destas árvores (2Sm 5:22, 23) mas isto não passa de conjectura. Existem vários vales onde estas árvores crescem. Uma outra interpretação designa-o por vale “do pranto”, derivado do heb. bakah, “prantear”, uma palavra que pouco difere de baka’. Contudo, nenhuma destas interpretações ajuda a identificá-lo

BABILÓNIA - Heb. Babel.

Um nome geralmente atribuído ao sul da Mesopotâmea, zona que se estende desde o Golfo Pérsico até à latitude 34º. Este país era formado por depósitos aluviais e era muito fértil mas, uma vez que não chovia ali muito, era preciso recorrerem à irrigação. Nos tempos antigos, toda uma rede de canais trazia a água para todas as partes daquela área, tornando toda a região num virtual jardim de Deus. Inscrições antigas referiam-se a este país como Suméria ou Acádia, sendo a Suméria a secção sul do Golfo Pérsico, rondando a latitude 32º e a Acádia a secção norte. Ambas as secções eram salpicadas por inúmeras cidades grandes e pequenas. As cidades mais importantes da Suméria eram Ur, Uruk (a Ereque bíblica), Eridu, Nippur, Lagash, Larsa e Isin. Da Acádia eram: Babilónia, Kish, Cuthah, Borsippa e Sippar. Certos textos bíblicos dão o nome de Sinear à Acádia (Gn 10:10; Gn 11:2; Is 11:11) e outros chamam-lhe terra dos caldeus (Jr 24:5; Jr 25:12; Ez 12:13).
Os primeiros habitantes da parte sul desta região foram os sumérios, que falavam uma língua que não tinha qualquer afinidade com nenhuma outra língua conhecida, antiga ou moderna. Os sumérios desenvolveram um alto nível de civilização, inventaram a arte da escrita e dois sistemas de calculo - os sistemas decimal e sexagesimal. Dividiram o país em várias cidades-estado. As suas principais divindades eram Anu, o deus-céu; Enlil, deus da atmosfera; Dingirmah, deusa da terra e da fertilidade e Ea, deus das águas. De acordo com a chamada “baixa cronologia”, o primeiro período sumério foi substituído pela Dinastia Acadiana, no século XXIV AC, quando os governantes semíticos derrotaram os sumérios e tomaram todo o país. O grande rei Sargon, da Acádia, criou um império que se estendia desde o Golfo Pérsico até ao interior da Ásia Menor. Após um século de governação, esta dinastia foi deposta, ao se dar a invasão do povo das montanhas, os Guti. Dominaram sobre toda a Mesopotâmea, embora algumas cidades tenham gozado de uma certa autonomia, tal como a próspera Lagash, sob as ordens de Gudea, o seu capaz governante. Os Guti foram afastados pelos sumérios, após pouco mais de um século de governação. Os sumérios, por esta altura, experimentavam o renascimento do seu poder. Estabeleceram a terceira dinastia de Ur, a mais forte, que governou a Baixa Mesopotâmea desde 2070 até 1960 AC. Os reis desta dinastia codificaram as suas leis e construíram um império económico próspero e forte. Após a queda de Ur, o poder transferiu-se para as cidades de Isin e Larsa, onde permaneceu durante mais de 100 anos. No século XIX aC, o país foi invadido duas vezes - uma pelos elamitas, vindos das montanhas a este e outra pelos amorreus, vindos do deserto sírio. Os últimos fundaram a primeira dinastia forte da Babilónia por volta de 1830 aC. O sexto rei desta dinastia foi o famoso Hammurabi (1728-1686 AC). Derrotou o último rei de Larsa e dominou sobre praticamente todo o Vale da Mesopotâmia. Babilónia tornou-se na capital do império. Hammurabi é mais conhecido como legislador, embora tivesse sido muito mais do que isso. Foi também um sábio administrador e um patrocinador da literatura e da arte. A sua dinastia teve o seu fim por volta de 1550 AC, com a invasão dos hititas, sob o comando de Mursilis I. Estes invasores saquearam Babilónia, capturaram o seu rei e levaram a estátua de ouro do seu principal deus - Marduk. Durante este mesmo período, os cassitas, vindos do nordeste, invadiram o país e, durante vários séculos, dominaram sobre a Baixa Mesopotâmia. A sua capital era Dûr Kurigalzu, agora ‘Aqarquf, alguns quilómetros a oeste de Bagdad. A correspondência que um dos reis cassitas manteve com os reis do Egipto foi preservada, encontrando-se entre as Cartas de Amarna.
No século XIII AC, os assírios, então governados por Tukulti-Ninurta I, invadiram Babilónia. Também eles levaram a estátua de ouro de Marduk. Durante seis séculos, Babilónia esteve mais ou menos sob a dependência da Assíria. Era frequente ocorrer algumas rebeliões contra o jugo estrangeiro mas eram regularmente reprimidas. Tiglath-Pileser III (745-727 AC), que introduziu algumas inovações políticas e militares, coroou-se a ele próprio como rei da Babilónia, sob o nome de Pul. Sargon II também reinou como rei da Babilónia, mas Senaqueribe, cansado das constantes rebeliões, destruiu a cidade de Babilónia em 689 AC. Esaradom reconstruiu-a, após o que a cidade entrou no seu período mais florescente. Em 626 AC, Nabopolassar, um oficial caldeu, subjugou os assírios, declarando-se rei da Babilónia, tal como o fizera um dos seus parentes tribais, Marduk-apal-iddina, o Merodaque-Baladã bíblico, um século antes. A declaração de independência por parte de Merodaque-Baladã durou apenas dezoito anos mas o novo reino foi um sucesso, tornando-se num império que logo sucedeu ao dos assírios. Depois de Nabopolassar ter lutado contra os assírios durante vários anos com um sucesso desigual, juntou-se aos Medos e, com a ajuda deles, depois de um cerco de três meses, conquistou Ninive em 612 AC. Quando os conquistadores dividiram o Império Assírio, o rei babilónio ficou com toda a Mesopotâmia, a Síria e a Palestina. Foi-lhe necessário lutar contra o que restava da resistência assíria na Mesopotâmia Superior durante mais alguns anos e também com os egípcios, que tinham ajudado os assírios e que tentaram conquistar a Síria e a Palestina. Em 605 AC, Nabucodonozor, ainda príncipe, derrotou Neco, do Egipto, primeiro em Carquemis e depois em Hamate. Mais tarde, nesse mesmo verão, o seu pai morreu e ele sucedeu-lhe no trono. Seguiram-se campanhas anuais na Síria e na Palestina. Jerusalém foi conquistada várias vezes e após a terceira captura, em 586 AC, a cidade rebelde foi destruída e a sua população deportada para Babilónia.
Nabucodonozor foi um rei forte e um grande construtor. Ele praticamente reconstruiu a cidade de Babilónia e erigiu muitas estruturas noutras cidades. Após um bem sucedido reinado de mais de quarenta anos, seguiram-lhe vários governantes fracos, sob cuja ineficiente governação o império rapidamente se deteriorou. O seu filho Amel-Marduk, o Evil-Merodaque bíblico, reinou durante apenas dois anos (562-560 AC) e foi depois assassinado, tendo-lhe sucedido o seu cunhado Nergal-shar-usur, que reinou em Babilónia durante quatro anos (560-556 AC). Seguiu-lhe o seu filho Labashi-Marduk, que foi assassinado após um reinado de menos de dois meses. Os assassinos colocaram no trono um dos conspiradores - Nabonido. Este, vendo que a Pérsia representava um perigo, aliou-se ao Egipto, à Lídia e a Esparta. Fez também campanhas na Arábia e estabeleceu a sua residência em Tema, no noroeste da Arábia, aí vivendo durante alguns anos. Entretanto, o seu filho mais velho, Belsazar, foi nomeado co-regente, passando a governar em Babilónia. Em Outubro de 539 AC, apenas 23 anos após a morte de Nabucodonozor, o império cai nas mãos de Ciro, o Persa, quase sem luta. Ciro forçou a sua entrada no Vale da Mesopotâmia numa batalha em Opis e, dias depois, a capital foi subjugada, sem luta, pelos persas. Com a sua queda, terminou a história de Babilónia como poder independente. O reino tornou-se parte do Império Persa e foi, mais tarde, reduzido a uma província. O território foi depois subjugado por Alexandre, o Grande, pertencendo sucessivamente aos seleucidas, parcianos, sassanidos e outros; actualmente faz parte do Iraque.

BABILÓNIA - Heb. e aramaico, Babel (ver Babel); Gr. Babulon.


Uma cidade no vale mesopotâmico e uma das primeiras a ser fundada. Pouco se conhece da sua história e características no que se refere ao período pré-imperial, uma vez que as escavações só puseram a descoberto os níveis mais à superfície, que incluíam o do reino neo-babilónico. Uma vez que o nível das águas está agora mais alto do que nos tempos antigos, o que resta das cidades mais antigas encontra-se debaixo da água. A cidade tornou-se importante ao ser elevada a capital da primeira dinastia da Babilónia (chamada Dinastia Amorreia) e à qual pertencia o famoso Hammurabi. Perdeu, no entanto, a sua importância política após a queda desta dinastia, mas Babilónia continuou a ser muito respeitada como centro religioso e cultural do mundo antigo. Durante o domínio do Império Assírio, tornou-se num reino vassalo desse império mas rebelou-se frequentemente contra o jugo dos seus senhores. Senaqueribe ficou tão exasperado com estas constantes rebeliões, que destruiu completamente a cidade em 689 AC, com a intenção de que não voltasse a ser reconstruída. Contudo, a opinião pública, mesmo na sua terra natal, mostrou-se contra tal facto e a reconstrução da cidade começou logo a seguir à morte de Senaqueribe.
Quando, em 626 AC, Nabopolassar fundou o reino independente da Babilónia, a cidade tornou-se na capital da nova monarquia e, pouco depois, também do império. Foi a Babilónia deste período que R. Koldewey, entre 1899 e 1917, escavou em ligação com a German Orient Society. Estas escavações mostraram que a antiga cidade, ou cidade interior - a parte primitiva da cidade - se situava na margem oriental do Eufrates e o seu tamanho era de, aproximadamente, uma milha quadrada. A noroeste ficava o palácio real e a sul deste ficava o precinto sagrado de Esagila, em cuja área se situava a Etemenanki, a torre do templo com cerca de 91 m, assim como o templo de Marduk. Nabucodonozor reconstruiu e alargou o palácio, acrescentando, entre outras coisas, uma estrutura abobadada e, sobre ela, plantou jardins, conhecidos como Jardins Suspensos da Babilónia e conhecidos no mundo antigo como uma das Sete Maravilhas do Mundo. Construiu também a Nova Cidade na margem ocidental do rio e ligou-a, através de uma ponte, à cidade antiga (mais tarde chamada a cidade interior). Cerca de 2,4 km a norte da cidade, ele erigiu um novo palácio, o chamado palácio de verão e construiu uma parede dupla que incluía este palácio e os subúrbios dentro dos seus limites. Rodeou também a nova cidade com uma parede dupla, um fosso junto à parede e outro que protegia a cidade interior. Com uma circunferência total de cerca de 16 km, Babilónia era provavelmente a maior cidade da antiguidade, com a possível excepção de Tebas, a cidade egípcia.
A cidade foi construída com tijolos, uma vez que o solo aluvial daquela área não continha pedras. Os tijolos vulgares não tinham qualquer preparação especial mas os edifícios públicos eram revestidos com tijolos preparados ou envernizados e de diferentes cores, que davam a esta metrópole uma beleza que era dificilmente igualada por qualquer outra cidade de tamanho comparável. Os tijolos das paredes exteriores da cidade eram amarelos, os dos portões eram azuis, os dos palácios eram rosa-avermelhados e os dos templos eram brancos. Para além disso, os portões da cidade estavam decorados com touros em relevo, alternando com figuras de várias cores semelhantes a dragões. Nas paredes da Rua da Procissão, que ia desde o norte da cidade até ao templo de Marduk, viam-se leões de várias cores, em relevo e feitos de tijolos envernizados. Não é de admirar que o construtor desta cidade se tornasse orgulhoso e despótico. Este facto é mencionado não somente no livro de Daniel (Dn 4:30), mas também em inscrições que Nabucodonozor deixou para a posteridade e onde proclamava o seu nome e fama.
Foram feitas várias profecias contra Babilónia, predizendo que a cidade seria destruída, tornando-se num local desabitado (Is 13; Is 14:1-23; Jr 50; 51). Esta profecia cumpriu-se gradualmente. Quando Ciro, o Grande, tomou a cidade em 539 AC, não houve qualquer violência e os Persas conquistaram-na ainda intacta, fazendo dela uma das capitais do novo império. Contudo, várias rebeliões contra o domínio persa nos reinados de Dario I e Xerxes levaram este último rei a punir a cidade, destruindo os seus palácios, templos e muros por volta de 480 AC. Ele aboliu também o título de “rei da Babilónia”, que tanto ele como os seus percursores tinham usado e fez de Babilónia uma simples província. Um século e meio depois, Alexandre, o Grande, planeou fazer dela a capital do seu império, mas morreu antes sequer de poder levar por diante os seus planos. Nenhum dos seus sucessores escolheu Babilónia como capital; Seleuco I Nicator, em 312 AC, construiu Seleucia nas margens do Tigre e fez dela a sua capital. Utilizou muito do material de construção vindo da antiga Babilónia. Desde então até agora, a cidade tem sido utilizada como pedreira de tijolos. O açude do rio Hindiya foi construído com antigos tijolos de Babilónia. Tal aconteceu também com a cidade de Hilla, 5.6 km a sul de Babilónia e muitas das antigas cidades em ruínas. A grande metrópole de outros tempos foi, assim, completamente saqueada.
Grandes montes de escombros marcam antigas secções de Babilónia. A norte fica Tell Babil, onde se situam as miseráveis ruínas do magnífico palácio de verão de Nabucodonozor; mais para sul fica Kasr, sob a qual se encontram as confusas fundações e muros em ruínas da principal área do palácio da cidade, agora amplamente escavada. A sul de Kasr ficam as ruínas de Amran, o local do precinto sagrado de Marduk, com o seu templo de Esagila soterrado sob vários pés de escombros e areia. As fundações da torre do templo estão agora cobertas de água, por causa da escavação do fosso. As muralhas da antiga cidade ainda podem ser vistas em vários locais e são claramente visíveis sob a forma de montículos baixos e paralelos que, na sua forma e altura, pouco diferem das margens dos antigos canais.
Babilónia é também mencionada no Novo Testamento. Pedro envia saudações à igreja de “Babilónia” (1Pe 5:13), querendo ele referir-se a Roma e não à pouco importante cidade que era tudo o que restava da Babilónia literal, conforme concordam geralmente os comentaristas. No antigo costume rabínico, “Babilónia” era um epíteto comum para Roma. No Apocalipse, Babilónia é o símbolo da oposição a Cristo e aos Seus seguidores (Ap 14:8; Ap 16:19; Ap 17:18)

BAARUM - Deriva do heb. Bacharûmî, “baarumita”.


Uma variação da palavra Baurim. Também chamada nalgumas traduções de Baarum, em 1Cr 11:33, como sendo o local de onde Asmavete era oriundo

BAAL-TAMAR - Heb. Ba‘al Tamar, “Baal da tamareira”.


Um local perto de Gibeá e Geba, a partir de onde os israelitas iniciaram o seu ataque a Gibeá (Jz 20:33). A sua localização é ainda incerta.

BAAL-SALISA - Heb. Ba‘al Shalishah, de significado incerto.

Um local em Efraim, de onde um homem trouxe pão e milho para o profeta Eliseu, em Gilgal (2Rs 4:42-44). A sua localização ainda não foi identificada.
BAAL-PERAZIM - Heb. Ba‘al Perasîm, “Baal (ou senhor) do resplandecimento”.

Um local no ou perto do Vale de Refaim, onde David recebeu um sinal da sua vitória sobre os filisteus (1Sm 5:18-20; 1Cr 14:9-11). Alguns eruditos acreditam que se situa na cordilheira 4,8 km a sul de Jerusalém, onde se localiza agora o mosteiro de Mars Elias. Foram avançadas outras localizações, mas a sua identificação continua incerta.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

BAAL-MEOM - Heb. Ba‘al Me‘ôn, “Baal da habitação”.


Uma antiga cidade dos amorreus (Nm 32:38; Pedra Moabita, linha 9). Também chamada Bete-Baal-Meom (Js 13:17; Pedra Moabita, linha 30); Bete-Meom (Jr 48:23) e Beom, a forma contraída (Nm 32:3). Foi atribuída aos rubenitas transjordanos e foi reconstruída por eles (Nm 32:38). Mais tarde (século IX AC), de acordo com a Pedra Moabita, os moabitas ocuparam-na. No século VI AC, de acordo com Jeremias (Nm 48:23) e Ezequiel (Nm 25:9), ainda estava na posse dos moabitas. O local chama-se actualmente Ma‘în, cerca de 6,5 km a sul de Madaba.

BAALIM DE JUDÁ - Heb. Ba‘alê Yehûdah.


Uma cidade de Judá (2Sm 6:2), geralmente identificada com Quiriate-Baal, ou Quiriath-Jearim, de onde David levou a arca para Jerusalém.

BAAL-HERMOM - Heb. Ba‘al Chermôn, “Baal de Hermom”.


Um local perto ou situado no Monte Hermom, provavelmente um antigo santuário dedicado a Baal. Formava o limite norte de Manassés na Transjordânia (Jz 3:3; 1Cr 5:23).

BAAL-HAMOM - Heb. Ba‘al Hamôm, “Baal de uma multidão”.


Um local onde Salomão tinha uma vinha (Ct 8:11); não identificado.

BAAL-GADE - Heb. Ba‘al-Gad, “Gade é Baal”.

Um local no Vale do Líbano , “às raízes do Monte Hermom”, onde se presume que Gade, o deus fenício da riqueza, era adorado. Representava os limites mais a norte das conquistas de Josué (Js 11:17; Js 12:7; Js 13:5). Foram feitas várias tentativas para o identificarem com Baalbek, mas muitos eruditos não aceitam esta identificação.

BAALATE-BER - Heb. Ba‘alath Be‘er, “amante do poço”.


Um local na fronteira do território de Simeão (Js 19:8), aparentemente o mesmo que Baal (1Cr 4:33). Muitos eruditos pensam que se trata de “Ramate do sul” (Js 19:8; “Ramá do Neguebe”). Ainda não foi identificado.

BAALATE - Heb. Ba‘alath, “amante”.


Um local ao sul do território inicial de Dã (Js 19:44) e fortificado por Salomão (1Rs 9:18; 2Cr 8:6). De acordo com Josefo, situava-se perto de Gezer, mas a sua localização exacta ainda não foi identificada com toda a certeza. Aharoni identifica-o com Qatra, em Wâdi es-Sarar.

BAALA - Heb. Ba‘alah, “amante”.

1.) Uma cidade a sul de Judá (Js 15:29), aparentemente atribuída, mais tarde, a Simeão (Js 19:3, contraída para Bala). Em 1Cr 4:29, é chamada Bilha. Todas as identificações sugeridas são incertas;
2.) Uma montanha em Judá, entre Sicrom e Jabreel (Js 15:11); desconhecida;
3.) Uma cidade a cerca de 8 km a noroeste de Jerusalém (Js 15:9), mais conhecida por Quiriath-Jearim.
BAAL

Uma aldeia no território de Simeão, conhecida por Baalate-Ber.
AZMOTE-TABOR - Heb. ’Aznôth Tabôr, literalmente, “os ouvidos de Tabor”.

Um local perto da fronteira sul de Naftali (Js 19:34). Foi identificado com Umm Jebeil, próximo do Monte Tabor.

AZMOM - Heb. ‘Asmôn.


Um local na fronteira sul da Palestina, a oeste de Cades-Barnéia (Nm 34:4, 5; Js 15:4). Foi identificado com Qoseimeh, a aproximadamente 96 km a sul da Gaza.

AZECA - Heb. ‘Azeqah, “um (local) estropiado”; Assíria, Azaqa.

Uma das cidades atribuídas a Judá (Js 15:35). A cidade é mencionada pela primeira vez como sendo o local até onde Josué fez com que os seus inimigos fugissem, após a batalha de Gibeom (Js 10:10, 11). Os filisteus, com Golias como seu campeão, acamparam entre Socó e Azeca (1Sm 17:1). Roboão fortificou a cidade (2Cr 11:9). Três fragmentos de uma tabuínha cuneiforme, agora no Museu Britânico, provavelmente referindo-se à campanha palestiniana que Senaqueribe levou a cabo, em 701 AC, contra o rei Ezequias de Judá, falam de Azeca como uma fortaleza que “se situa numa cordilheira montanhosa tal como um punhal afiado” e que “rivalizava com as mais altas montanhas” em termos de inacessibilidade. Foi uma das últimas cidades a ser tomada por Nabucodonozor, antes de capturar Jerusalém (Jr 34:7). Uma observação, feita numa das cartas de Laquis, refere-se a este acontecimento. Um oficial do exército judaico, estacionado num local de onde poderia observar os sinais (de fumo) de Azeca, relatou ao seu comandante em Laquis: “E saiba (o meu senhor) que nós procurámos observar os sinais de Laquis, de acordo com todas as indicações que o meu senhor deu, mas não pudemos ver Azeca”. Parece que Azeca já tinha caído nas mãos do inimigo, não podendo, deste modo, enviar mais sinais. A cidade foi reocupada pelos judeus após o exílio (Ne 11:30). Foi identificada com Tell ez-Zakarîyeh, em Wâdi es-Sant, a cerca de 25,5 km a oeste de Belém. As escavações foram levadas a cabo por F J Bliss e R A S Macalister em 1898 e 1899, quando a arqueologia palestiniana começava a dar os seus primeiros passos. Parece que a cidade já existia no início da Idade do Bronze, o terceiro milénio AC. No primeiro milénio AC foi fortificada, obra atribuída ao rei Roboão, enquanto que a fortaleza na acrópole, fortificada com seis torres, foi erigida no século IX ou VIII AC.

AZA - Heb. ‘Ayyah, “montão” ou “ruína”.


Uma cidade mencionada na lista das possessões efraimitas (1Cr 7:28). Khirbet Haiyan, a cerca de 5 km a sudeste de Betel, tem sido identificada com Aza. Contudo, as escavações levadas a cabo no local puseram somente a descoberto algumas ruínas bizantinas. Por isso, a localização de Aza ainda continua por descobrir. Algumas versões, seguindo diferentes leituras do texto hebraico, representado por vários manuscritos hebraicos, menciona-a como “Gaza”.

ÁVEN - Heb. ’Awen, “maldade”.

1.) A designação de uma planície ou vale (Am 1:5) no reino de Damasco, possivelmente el-Biqa‘, onde se situava Baalbek, um centro de adoração pagã. Este centro sem dúvida que esteve na origem do nome simbólico dado por Amós a esta planície;
2.) Designação dada por Oséas a Betel porque esta cidade, significando “casa de Deus”, se tornara num local idólatra (Os 10:8);
3.) Uma cidade do Egipto, de acordo com o texto masorético de Ez 30:17. As consoantes ’wn são as mesmas da palavra ’On, em Gn 41:45, Gn 41:50 e Gn 46:20, que se refere à cidade de Heliópolis. Os Masoretes acrescentaram um ponto ao texto, sem vogais, de Ez 30:17, o que mudou o nome da cidade para ’Awen, “maldade”, sem dúvida por causa da sua idolatria.
AVA - Heb. ‘Awwa’, de significado incerto.

Uma cidade de onde os assírios trouxeram pessoas para a colonização de Samaria, depois que a população israelita foi deportada (2Rs 17:24), tratando-se provavelmente de Iva (Heb. ‘Iwwah), a cidade que é mencionada nos capítulos 2Rs 18:34 e 2Rs 19:13. Ainda não foi identificada com toda a certeza. Sachau sugere ‘Imm, situada entre Antioquia e Alepo; Sanda prefere a cidade de Ammia, perto de Biblos e mencionada nas cartas de Amarna; Dhorme e Abel inclinam-se para Tell Kafr ‘Aya, no Rio Orontes, a sudoeste de Homs.

ATROTE-BETE-JOABE - Heb. ‘Atrôth Bêth Yô’ab, “a coroa da casa de Joabe”.


Um local em Judá (1Cr 2:54, algumas versões), ainda não identificado. Algumas versões separam o nome, traduzindo-o por “Atarote, a casa de Joabe”.

ATENAS - Gr. Athenai.


A cidade mais ilustre da antiga Grécia e a sua actual capital. Deram-lhe este nome em homenagem à deusa patrona da cidade - Athena. Segundo a tradição, foi fundada no século XVI AC. Fica a cerca de 6,5 km do mar e, em determinada altura, esteve ligada ao seu porto por grandes muralhas.
Durante os primeiros séculos da sua história, a cidade foi governada por reis. Quando estes foram depostos, Atenas tornou-se numa oligarquia, uma regra da aristocracia. A partir daí, os seus magistrados eram os archors (governadores). Draco codificou as rigorosas leis de Atenas por volta de 621 AC mas Solon, o segundo legislador de Atenas, modificou-as por volta de 594 AC, tornando-as mais humanas. Atenas tornou-se numa democracia, ou seja, era governada pelos seus cidadãos burgueses (embora estes formassem a minoria da população total). Durante o século VI e especialmente no século V, a cidade tornou-se no centro da arte e literatura gregas, situação que se manteve mesmo em períodos de insignificância política. O seu período mais glorioso iniciou-se com as guerras persas, no século V, quando os gregos conseguiram uma série de vitórias sobre as forças imperiais persas. A primeira vitória sobre Dario I, em Maratona (490 AC), provou ao mundo que os exércitos das pequenas cidades-estado gregas eram muito superiores ao grande exército do Império Persa. Dez anos mais tarde, Xerxes, o sucessor de Dario, atacou a Grécia. Saiu vitorioso em Termópilas e queimou Atenas, que tinha sido abandonada pelos seus habitantes, mas Xerxes foi derrotado na batalha naval de Salamis (480 AC), de Plataea e de Mycale, em 479 AC
Mais tarde, Atenas tornou-se na principal cidade da confederação grega e, sob a liderança capaz de Péricles, deu-se início à sua era dourada. A cidade surgiu das cinzas ainda mais bela do que anteriormente. Na Acrópole, o escarpado monte central da cidade, foi construído o imortal Partenon, a pérola de todos os templos clássicos; também foram erigidos o encantador Erecteo e o magnífico Propylaea. Após o período de liderança ateniense, seguiu-se uma luta fatal com Esparta e a perda da supremacia de Atenas em Tebes. Em 338 AC, Filipe da Macedónia conquistou tanto Atenas como Tebes. A partir daí, tornou-se num peão da Macedónia de Alexandre e dos seus sucessores. Em 146 AC, os romanos organizaram a Grécia, tornando-a na província da Acaia. Desde então, Atenas manteve-se sob domínio romano mas gozando de uma considerável independência. Quando Sulla a saqueou em 86 AC, a cidade passou por um breve revés. Os romanos adornaram-na extravagantemente com vários edifícios. Por causa da sua fama como mãe da cultura ocidental, que incluía arte, literatura, arquitectura e filosofia, continuou a ser uma importante cidade nos tempos romanos, embora não tivesse a importância económica e política de Corinto, a capital da província. Era especialmente famosa como centro de conhecimento e a sua universidade foi considerada como a melhor do mundo. Todas as principais filosofias - platónica, estóica, epicureana e peripatética - se desenvolveram em Atenas.
O apóstolo Paulo passou por Atenas durante a sua segunda viagem missionária, provavelmente por volta de 51 DC. Ao lidar com o povo e ao falar-lhes no agora, ele achou os atenienses algo inquiridores (At 17:21) e supersticiosos (At 17:22). Que eles eram supersticiosos, era evidente para qualquer observador mais ou menos atento, uma vez que, em Atenas, existiam cerca de 3000 estátuas - a maior parte delas sendo, provavelmente, objectos de adoração - assim como muitos templos e altares. Entre estes altares existia um dedicado “ao deus desconhecido” (At 17:23). Até agora, nas escavações feitas em Atenas, não se encontrou um altar com tal inscrição mas, em Pergamo, descobriu-se um altar que continha uma inscrição parcialmente destruída: “Aos deuses des(conhecidos)”. Tal altar é também mencionado pelos escritores antigos como tendo sido erigido a fim de evitar calamidades públicas que não poderiam ser atribuídas aos deuses que eram já conhecidos. É possível que o altar que Paulo viu em Atenas pertencesse a algum culto desconhecido. Havia também ali uma comunidade judaica que possuía uma sinagoga onde Paulo pregou, de acordo com o seu hábito de iniciar o seu trabalho, numa nova cidade, entre os judeus (At 17:17). A sua discussão com os atenienses no agora abriu caminho para o seu discurso no Areópago (At 17:22 deixou um grupo de cristãos em Atenas, entre os quais se encontravam um oficial de alta patente e uma mulher de grande reputação (At 17:32-34). Não haverá grandes dúvidas sobre o facto de Paulo ter visitado novamente a cidade durante a sua terceira viagem missionária (At 20:2-3), embora este facto não seja especificamente registado por Lucas.